«Já não havia nada a fazer»: o relato do presidente do Pessegueirense depois de o estádio arder

NACIONAL16.09.202421:34

Tiago Guerra Martins, presidente do clube que viu as instalações destruídas pelo incêndio de Sever do Vouga, explicou a A BOLA como tomou conhecimento do ocorrido e confirmou que a FPF está disponível para ajudar o clube neste momento

O Juventude Académica Pessegueirense, equipa da AF Aveiro, viu, esta segunda-feira, parte das instalações destruídas devido ao incêndio de grandes proporções que assola os municípios e de Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga.

Em declarações a A BOLA, Tiago Guerra Martins, atual presidente do clube, relatou de que forma é que descobriu que as chamas chegaram às instalações, destacando que a falta de meio disponíveis no momento impossibilitaram uma pronta resposta para resolver a questão.

«O incêndio começou o início da manhã e com passar das horas alguns diretores aperceberam-se que o fogo se aproximava do campo e que não existia meios aéreos, nem bombeiro, para protegem o campo, pois estavam a combater outros fogos mais ativos. Este foi um incêndio muito rápido, que estava a decorrer num terreno íngreme como é o das redondezas, alastrou-se rápido e já não houve nada a fazer quando chegaram para salvar o material danificado», começou por explicar o dirigente, sublinhando que só esta terça-feira é que espera ver a real dimensão dos danos.

«De momento, ao que conseguimos apurar, o material danificado foram os painéis solares que faziam o aquecimento do complexo, zonas publicitárias, temos vidros partidos na zona dos balneários e uma parte do relvado sintético ficou danificada. Agora, só esperamos que não existam reacendimentos e amanhã, com tudo mais calmo, vamos fazer um levantamento exaustivo sobre todos os danos materiais do incêndio», acrescentou.

Tiago Guerra Martins revelou ainda que irá solicitar um apoio junto da FPF para ajudar a suportar dos danos causados.  

«Vamos solicitar um apoio à FPF, que tem um fundo previsto para estas questões de força maior. Não sabemos valores ou o que pode cobrir, mas já sabemos que está disponível para nos ajudar», concluiu.

De recordar que o organismo que tutela o futebol português dispõe do Fundo de Apoio Urgente a Catástrofes Naturais, ao qual os clubes afetados se podem candidatar.