FC Porto-E. Amadora, 2-0 Gonçalo Borges: «Tenho trabalhado muito no meu extra-futebol»

NACIONAL16.12.202423:06

Extremo estreou-se a marcar na equipa principal do FC Porto e chorou no final

Gonçalo Borges, extremo que se estreou a marcar com a camisola principal do FC Porto, em declarações ao Porto Canal após a vitória sobre o Estrela, por 2-0.

«Não é fácil jogar pouco tempo. É difícil entrar cinco ou 10 minutos. Todos os jogadores querem jogar e eu quero muito! Tenho trabalhado muito para corresponder. Tenho trabalhado muito nos treinos e no extra-futebol. O golo e as lágrimas no final são o reflexo do que tenho passado eu e a minha família. Jogar no FC Porto é uma grande responsabilidade e um prazer para mim, e há uma grande envolvência. Por isso, a minha família tem de ter alguma compreensão, e não é fácil para eles, que estão em Lisboa. Sobretudo para os meus avós. Estou longe deles. Estas lágrimas refletem um pouco todo o trabalho árduo no meu trajeto para chegar aqui e ter a minha oportunidade. Foi um golo muito importante.»

[entrou e foi decisivo para garantir a vitória]

«Tenho vindo a crescer na simplicidade do meu jogo. Eu sou um jogador diferente por natureza e o mister diz-me muitas vezes: ‘tu não precisas de estar sempre a tentar fazer coisas diferentes, porque tu já és diferente’. Então, tenho tentado fazer o simples, porque quando chegar o momento de fazer algo diferente, isso vai acontecer naturalmente.»

[sente-se um jogador mais maduro?]

«Sim. Faz hoje três anos que me estreei aqui no Dragão, contra o Rio Ave e fiz uma assistência. E desde aí até aqui, houve um trajeto de evolução humana e de compreensão do jogo. O que tento fazer é mergulhar cada vez mais no meu trabalho e dedicação. Muitas vezes saio do treino e vou para casa fazer ginásio. Isto é muito mais do que apenas o golo. O golo é apenas a ponta do iceberg de todo o meu trabalho.»

[como sentiu a jogada do golo]

«Nem tinha bem noção de como foi. Estava aqui a espreitar para ver [nos ecrãs]. No último jogo tive uma jogada semelhante e não rematei. O mister disse-me para meter um remate de três dedos, que entrava. E hoje vim com a mentalidade de qualquer bolinha que tivesse na área, dar na baliza.»