Destaques do FC Porto: um traje de Galeno entre muitas nódoas
Galeno foi o melhor do FC Porto (Imago)
Foto: IMAGO

Benfica-FC Porto, 4-1 Destaques do FC Porto: um traje de Galeno entre muitas nódoas

NACIONAL10.11.202423:39

Noite francamente negativa para Martim Fernandes, Nehuén Pérez, Alan Varela ou Eustáquio, mas não foram os únicos a jogar abaixo das expectativas

A figura: Galeno (7)

Pertenceu-lhe o primeiro aviso portista, ao 13.º minuto, com disparo de fora da área, bola forte ligeiramente acima da trave, no minuto seguinte foi visto a defender Di María na área portista. A noite prometia, mas não corresponderia, pois andou quase sempre desacompanhado ou, pior, mal acompanhado, sem alguém que jogasse com gala. Está no golo portista, deixando, de forma simples, Francisco Moura em condições de cruzar à vontade, mas também está no lance imediatamente anterior, quando descobriu Martim Fernandes na área benfiquista. Ainda serviu muito bem Fábio Vieira aos 59' e praticamente tudo o que de bom o FC Porto fez em termos ofensivos passou pelos seus pés. Deu sempre uma linha de passe, arriscou o drible, só não teve oportunidade de visar a baliza. Pudera, com tamanha falta de ajuda.

Diogo Costa (5) — O guarda-redes do FC Porto começou a trabalhar à passagem do quarto de hora, convocado por Di María, e foi vendo o trabalho avolumar-se, obrigado a voar para deter livre de Kokçu e a deter disparo frontal de Akturkoglu. No golo de Carreras foi traído por desvio da bola em Alan Varela, depois sofreu ainda um golo de penálti e um autogolo. Clássico difícil de digerir.

Martim Fernandes (3) — Marcação pouco agressiva no 0-1. Primeiro, estava demasiado encostado aos centrais, depois permitiu que Carreras fletisse facilmente para dentro, não tendo a melhor abordagem e pagando o preço. Voltou a meter-se em sarilhos aos 32', em nova fuga de Akturkoglu, e agravou a situação quando chegou atrasado ao lance em que Pavlidis atirou ao poste (39'), dividindo responsabilidades com Nehuén Pérez. Ficaram à espera do apito, mas não havia fora de jogo. Aos 42', aventurou-se finalmente no ataque e acabou a disparar em boa posição na área do Benfica, mas o remate saiu fraco. Voltou a entrar mal na segunda parte, com falta sobre Akturkoglu. Logo a seguir, o turco intercetou bola de Eustáquio que ia na direção do lateral e dali nasceu o 2-1. Saiu sem surpresa aos 63'.

Nehuén Pérez (3) — Passivo na forma como fez a marcação a Pavlidis ao minuto 39, mas também pouco ativo nas dobras a Martim Fernandes, que estava em claras dificuldades, lidando com Carreras e Akturkoglu. Ao minuto 32, problemas com velocidade de Akturkoglu, no 1-3 pode queixar-se da sorte, pois acaba por ser ele a introduzir a bola na sua própria baliza. Se estava mau, pior ficou.

Tiago Djaló (4) — Di María deixou-o realmente nervoso. Na primeira parte, tocado pelo argentino, teve de ser acalmado pelos companheiros, na segunda parte quando colocou o argentino em jogo, no 1-2. Aos 49', fez ainda uma falta em zona perigosa sobre Pavlidis. Em sua defesa, também resolveu muitos sarilhos na sua área.

Francisco Moura (5) — Um bom cruzamento que Samu não conseguiu aproveitar, já depois da meia hora de jogo, foi o primeiro ponto alto no jogo, mas ao minuto 44 colocou a bola pela relva na área e beneficiou de falha de Otamendi para fazer chegar a bola a Samu. Segunda parte mais difícil em termos ofensivos e defensivos: chegou atrasado a Di María, no 2-1, mas houve perda de bola no flanco contrário, quandose adiantava.

Alan Varela (3) — Erro grave ao minuto 22, permitindo o desarme em fase de construção, mesmo em frente à sua área. Perdeu para Akturkoglu e depois teve a felicidade de João Pinheiro ter interrompido a partida antes de Pavlidis colocar a bola no fundo da baliza de Diogo Costa. Viu o cartão amarelo, mas foi castigo menor para a gravidade da situação. Não estava em noite feliz e até o toque na bola disparada por Carreras foi negativo. Sem querer, naturalmente, pois tentava o corte, acabou por trair Diogo Costa. Cometeu ainda um penálti sobre Otamendi em noite francamente infeliz.

Eustáquio (4) — Pouco visto em termos ofensivos, pois passou muito tempo com a obrigação de fechar e defender, acabou por ser infeliz logo no 0-1, dado que teve oportunidade de despachar a bola dali e não conseguiu. Seria mais grave a ação no 1-2, pois o seu passe para Martim Fernandes saiu curto e Akturkoglu intercetou. No 1-3, tentou o corte, não teve sucesso, e a bola chegou a Bah. O resto é história.

Fábio Vieira (4) — Um bom disparo em zona perigosa, frontal à baliza do Benfica, ao minuto 59, que obrigou Trubin a trabalhar, foi a melhor ação na partida. Não tem o andamento de Galeno.

Nico González (5) — Só foi visto praticamente em cima do intervalo, primeiro com uma ação rápida no 1-1, receção/passe a aproveitar distração benfiquista na zona do meio-campo, depois com disparo de longe, sem perigo. Segunda parte bastante discreta.

Samu (6) — Isolou-se ao minuto 17, mas estava em fora de jogo, e parecia um pouco perdido em campo quando fez, com bons reflexos, o 1-1. Otamendi perdoou, Samu não, mesmo sendo difícil de adivinhar a falha do argentino. A segunda parte seria quase toda passada a ver a bola ao longe.

João Mário (3) — Entrou aos 63' e uma entrada dura sobre Beste foi ação mais visível.

Pepê (4) — Entrou aos 63', com vontade, mas sem resultados.

Namaso (3) — Entrou aos 72' e pouco se deu por ele. Uma fuga até à área, neutralizada.

Gonçalo Borges (-) — Entrou aos 86', sem tempo para fazer o que quer que fosse.