FPF avança com VAR na Liga feminina em 2023/24: primeiro país da Europa a fazê-lo

Futebol Feminino FPF avança com VAR na Liga feminina em 2023/24: primeiro país da Europa a fazê-lo

FUTEBOL FEMININO12.05.202318:37

A direção da Federação Portuguesa de Futebol, liderada por Fernando Gomes, aprovou, na sua reunião desta sexta-feira, na Cidade do Futebol (Oeiras) «o investimento necessário à introdução da tecnologia de vídeo-arbitragem na próxima edição da Liga BPI, tornando-se na primeira liga europeia a ter VAR em todos os seus jogos», anunciou neste dia a FPF, em nota divulgada no seu site, que oficializa que Portugal terá o primeiro campeonato nacional feminino com VAR em toda a Europa.

«Tal como já acontece na Liga Bwin [Liga] e vai passar a acontecer igualmente na Liga Portugal 2 Sabseg [Liga 2], o VAR na Liga BPI [Liga feminina] será centralizado na Cidade do Futebol», complementa o comunicado da FPF.

A tecnologia já era utilizada no futebol feminino em Portugal, mas até aqui ‘apenas’ «nas finais de competições como a Taça de Portugal, Supertaça e Taça da Liga, tendo sido o primeiro país a ter VAR numa prova feminina oficial a nível mundial», recorda o organismo.

A nível internacional, «apenas os Estados Unidos da América utilizam VAR integral na sua principal competição [feminina] desde março último, tendo o Brasil iniciado agora a sua utilização, a partir dos quartos de final do campeonato», recorda a FPF.

«Um passo natural», assim reagiu o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Fontelas Gomes, à novidade avançada pela federação neste dia.

«A arbitragem tem acompanhado o desenvolvimento do futebol feminino em Portugal, e por isso entendemos que faria todo o sentido a sua principal competição, que é a Liga BPI [Liga feminina], contar com vídeo-arbitro. É um grande passo para a competição, na procura de uma cada vez maior verdade desportiva, mas é igualmente um grande investimento ao nível dos recursos humanos, com a aposta nas nossas árbitras para essa função. Por outro lado, e como consequência, vai permitir uma outra presença a nível internacional, que só beneficia a arbitragem portuguesa», acrescentou o responsável federativo pela arbitragem, citado na nota.

«Para os árbitros, é também uma mais-valia, uma vez que vai proporcionar-lhes mais uma competição. Começa, dessa forma, a desenhar-se uma carreira de vídeo-arbitragem, ao contar com esta ferramenta em várias competições», conclui Fontelas Gomes.