Liga FC Porto ganhar por 11 golos? Já aconteceu quatro vezes!
A euforia dos adeptos benfiquistas quando João Neves, aos 90+4, fez o 2-2 em Alvalade tem razão de ser. Porque, sendo verdade que todos sonharam ser campeões já ontem, diante e na casa do eterno rival Sporting, aquele instante decisivo do miúdo do meio-campo das águias fez toda a diferença no que respeita às contas da ultima jornada.
Porque uma vitória dos leões neste dérbi - resultado que pareceu o mais provável até muito perto do final - deixaria os encarnados, no que deles depende, com a obrigação de vencer o Santa Clara na derradeira ronda. João Neves, ao cair do pano, tratou de permitir que um empate seja suficiente. Ou praticamente.
E fazemos uso da palavra «praticamente» porque a única hipótese de que a conquista de um ponto por benfiquistas na receção aos açorianos no próximo fim de semana só não resulte, quatro anos depois, na celebração do título de campeão é se o FC Porto derrotar em casa o Vitória de Guimarães por diferença de 11 golos, porque o confronto direto entre águias e dragões é nulo e, no critério de desempate seguinte, o conjunto da Luz tem superioridade de 11 golos na diferença entre marcados e sofridos em relação aos azuis e brancosSe o empate na Luz for com golos, então entra em jogo o terceiro critério, o de golos marcados, pelo que, para ser campeão, o FC Porto teria de bater os vimaranenses por 12 golos de diferença.
Algo (as vitórias por 11 de diferença) que, para os lados portistas, não acontece há 77 anos, ou seja, desde 1946, quando ganharam contra o Atlético, por 11-0.
Antes, o FC Porto conseguiu igual proeza por três vezes: em 1938/1939, em casa do Académico do Porto, por 12-1; em 1939/1940, na receção ao Vitória de Setúbal, por 11-0; e em 1941/1942, com o Carcavelinhos, por 12-1.