FC Porto: a curiosa cláusula de Francisco Conceição em cada verão

NACIONAL26.08.202407:45

Todos os anos, no período de 15 de junho a 15 de julho, a cláusula baixa de €45 M para €30 M. Juventus procura direito de preferência no final do empréstimo

Francisco Conceição deve ser oficializado como reforço da Juventus nas próximas horas, isto depois de o emblema de Turim se comprometer a pagar 7 milhões de euros e mais três por objetivos — se o clube se qualificar para a edição 2025/2026 da Liga dos Campeões — à SAD liderada por André Villas-Boas. O internacional português será submetido a uma panóplia de exames antes de ser oficializado como reforço, ele que manifestou vontade de deixar o plantel azul e branco em consequência do polémico processo que levou à saída do seu pai Sérgio Conceição.

Na conferência de imprensa, na véspera da partida contra o Hellas Verona, o técnico Thiago Motta falou sobre o (ainda) jogador do FC Porto e Nico González (Fiorentina). «Nico e Francisco são jogadores fortes e é por isso que virão para a nossa equipa. Todos os jogadores que vão chegar vão dar-nos uma grande ajuda para sermos competitivos até ao fim. É o caso dos que já cá estão e dos que vão chegar.»

No âmbito das negociações do empréstimo de Francisco Conceição, FC Porto e Juventus estarão, segundo o especialista em mercado de transferências Fabrizio Romano, a estudar um acordo para incluir um direito de preferência para o clube italiano.

A BOLA sabe, porém, que no contrato de renovação do jogador até 2029, assinado ainda durante o reinado de Pinto da Costa, a cláusula de rescisão baixa todos os anos, no período de 15 de junho a 15 de julho, de €45 M para €30 M. Equivale isto a dizer que se a Juventus estiver disposta a comprar o passe do talentoso futebolista no final desta cedência, tem que depositar 30 milhões de euros nas contas do FC Porto, sabendo-se também que no mesmo vínculo laboral consta que Francisco Conceição terá direito a 20 por cento de uma transferência se for em definitivo.

Para já, André Villas-Boas conseguiu impor a sua vontade, negando a pretensão da Juventus de incluir já uma cláusula de opção de compra obrigatória. Quer isto dizer que o futebolista permanece ligado contratualmente aos dragões até junho de 2029 e terá de se afirmar ao serviço do gigante italiano, seguindo a pisadas do que fez o seu pai enquanto jogador na Lazio, Parma e Inter de Milão.