Presidente da SAD motivado para a nova época; Lucas Calegari foi apresentado na festa na cidade, seguem-se dois pontas de lança; condições do estádio no seio do diferendo entre clube e Câmara Municipal
Um sentimento… agridoce. Miguel Ribeiro não escondeu toda a sua felicidade perante a enorme festa que decorreu no centro da cidade, por ocasião da apresentação do plantel aos adeptos do Famalicão – Lucas Calegari, lateral-direito brasileiro proveniente do Fluminense, foi a grande surpresa da cerimónia, confirmando-se a notícia avançada por A BOLA -, mas também não calou a sua revolta perante a inoperância da Câmara Municipal de Famalicão relativamente ao estádio.
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Sobre a nova época e o plantel que está a ser construído, a certeza de que, à exceção de uma posição, o grupo de Armando Evangelista está composto.
«Pode esperar-se a continuidade de um clube que está a crescer e é uma alegria grande sentir os nossos adeptos e as nossas pessoas tão envolvidas com a equipa. Isso era algo que sempre pretendemos, ter Famalicão com o Famalicão. Somos um Famalicão a uma só voz, uma equipa mais estável do que noutros anos, há uma continuidade maior de muitos jogadores, mas isso era um processo natural. Considerando os anos que o Famalicão esteve fora da Liga, a estabilidade era algo que pretendíamos e penso que está encontrada. Agora, com um ou dois pontas de lança, temos o plantel fechado. Essa posição é uma carência que temos e não há como fugir a ela. Saídas? Já fizemos duas vendas, o Cádiz e o Puma, e do ponto de vista financeiro o clube está absolutamente estabilizado. A minha expectativa é que não saia ninguém, mesmo sabendo que há circunstâncias de mercado que não conseguimos controlar», afirmou.
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Miguel Ribeiro não quer expectativas elevadas, preferindo um discurso mais realista: «O nosso objetivo é muito claro, é o próximo jogo. Ao contrário de outros anos, as fasquias no Famalicão não vão existir. Não vão existir comigo, nem com os treinadores, nem com os jogadores. O foco vai ser muito claro e a mensagem é mesmo essa, jogo a jogo.»
A finalizar, a crítica assumida à gestão municipal devido ao já conhecido problema do recinto famalicense. «O Famalicão está cada vez mais consolidado como um clube de topo em Portugal, foi esse o objetivo desta SAD quando aqui chegou. Apresentámos soluções, tentamos ser solução, mas não podemos ser solução do que parece não ter solução. Estou conformado com a nossa realidade até ao dia em que a SAD do Famalicão entender que o Município de Famalicão não faz tudo para que o Famalicão jogue em Famalicão. Temos de encontrar uma solução para o estádio e se não for no Municipal, será noutro sítio qualquer. Acredito que o Estádio Municipal seja um embaraço para todos os famalicenses. Aquilo não é o Famalicão», atirou.
«Ou há falta de vontade ou de competência. Vamos fazer mais uma época sem condições no Estádio»