16 fevereiro 2024, 22:20
Famalicão sacode crise com vitória sobre o Rio Ave
Dois golos de Cadiz e um penálti defendido por Luiz Júnior em cima do minuto 90 deram três pontos à equipa de João Pedro Sousa
Jovem extremo dos minhotos destaca o projeto do clube e a qualidade do grupo de trabalho; diz que tem tentado fazer mas golos, mas os ferros têm sido os principais inimigos - mas promete ainda mais trabalho para dar a volta ao texto; elogios a Luiz Júnior
O Famalicão prepara a todo o gás a partida diante do Arouca, agendada para as 20.15 horas desta sexta-feira e que tem honras de abertura da 22.ª jornada da Liga, e Chiquinho foi o porta-voz semanal do grupo.
Ainda que sem entrar em grandes detalhes estratégicos relativamente ao duelo com os lobos da Serra da Freita, o jovem extremo, que completou 24 anos de idade no passado dia 5, diz que o triunfo averbado na última ronda, diante do Rio Ave, veio repor alguma da justiça perdida nas jornadas anteriores em que, na sua ótica, o Famalicão fez por merecer mais pontos do que aqueles que conquistou.
«Nós não pensamos muito nos adversários. Pensamos em nós. Temos vindo a crescer em exibições e a merecer vitórias há alguns jogos. Infelizmente não caíram para o nosso lado, mas felizmente que na última partida conseguimos segurar a vantagem e garantir o triunfo», assumiu, em declarações reproduzidas pelos canais oficiais de comunicação do emblema de Vila Nova.
16 fevereiro 2024, 22:20
Dois golos de Cadiz e um penálti defendido por Luiz Júnior em cima do minuto 90 deram três pontos à equipa de João Pedro Sousa
Na receção aos vila-condenses, o número 10 dos famalicenses teve participação direta no golo da vitória, uma vez que foi seu o cruzamento que Jhonatan haveria de desviar em cima da linha e cuja sobra permitiu a Jhonder Cádiz cabecear para o fundo das redes. No entanto, e carregado de humildade, Chiquinho desvaloriza a sua intervenção no lance: «Assistência? Não quero considerar assim, prefiro que seja golo do Cádiz. São lances que acontecem, tal como na primeira parte tinha acontecido um parecidíssimo.»
Chiquinho, que dividiu a sua formação por Sporting, Tondela e Estoril, regressou esta época a Portugal, depois de duas temporadas em Inglaterra - ao serviço do Wolverhampton (clube que o cedeu, agora, ao Famalicão) e do Stoke -, e as suas palavras não deixam margem para dúvidas: está muito feliz na formação minhota. Não só pela dimensão do clube, como também pela qualidade existente no grupo de trabalho.
«Espero continuar a evoluir enquanto jogador e pessoa. O que quero é ajudar a equipa e o Famalicão a atingirem os seus objetivos. Este é um projeto aliciante para mim, sabia que ia estar com colegas que, grande parte, são da minha idade, e são também ambiciosos. É importante estar rodeado de companheiros de equipa que querem subir e que não estão confortáveis no nível em que estão. Senti que este era o grupo certo e isso fascinou-me», salientou o antigo internacional sub-21 português.
Desafiado a falar sobre alguns dos jogadores que mais o têm impressionado no plantel desta época dos famalicenses, Chiquinho preferiu destacar o coletivo. No entanto, passado algum tempo, lá se decidiu a avançar com um nome e com um tremendo elogio: «Temos jovens com muita qualidade. Mesmo alguns que não estão a jogar têm imensa qualidade e vontade. Claro que os que estão em jogo sobressaem mais e, nesse capítulo, o Luiz Júnior tem sido uma grande valia para nós.»
A terminar, o extremo falou de golos. Ou da falta deles. Mas com muitos sorrisos à mistura. Até porque, em bom rigor, Chiquinho está apenas a um tento de igualar o seu melhor registo enquanto sénior - faturou por quatro ocasiões ao serviço do Estoril, na época 2021/2022, e na temporada em curso já fez por três vezes o gosto ao pé. E se ainda não fez mais, a culpa tem sido dos... ferros.
«Golos? Os que eu puder marcar, vou marcar. Infelizmente tenho acertado muito no poste, mas estou a treinar cada vez mais a finalização para meter a bola lá dentro e conseguir festejar com os meus colegas. Sei que é importante para mim marcar golos, mas mais importante ainda é a equipa ganhar», concluiu o jovem jogador, um dos principais destaques do Famalicão.
Depois de duas derrotas consecutivas, diante de SC Braga (1-2) e Moreirense (0-1), o Famalicão parece estar novamente numa curva ascendente e nos últimos dois jogos somou quatro pontos: empatou com o Farense (1-1) e venceu o Rio Ave (2-1). A moral parece, pois, estar em alta para o duelo com o Arouca, sendo que a formação de João Pedro Sousa tem uma certeza para o próximo jogo: em caso de vitória na sexta-feira, ultrapassa automaticamente os arouquenses e termina a jornada no 7.º lugar da tabela classificativa.