Diogo Spencer e a estreia pelo Benfica: «Sonho que tinha desde criança»

Lateral-direito estreou-se pela equipa principal das águias contra o Moreirense na 29.ª jornada

Diogo Spencer deu uma entrevista à BPlay, em conjunto com João Rego e Gustavo Varela, em que abordou vários temas relativos à sua primeira época e estreia pela equipa A do Benfica. O lateral-direito não conseguiu esconder o entusiasmo pelo «sonho de criança» que está a viver.

«Ainda me lembro do meu primeiro treino, fiquei para aí cinco minutos a ver a mensagem, não estava a acreditar. Ainda me lembro quando passei pelo corredor que eles passam, a equipa A, e depois descer em direção ao campo. Foi um momento inexplicável, uma sensação única ver aqueles jogadores a passar», começou por dizer, anotando, de seguida, as diferenças no nível do treino: «Lá nos treinos, aquilo… por exemplo, num meinho, aquilo é tudo a um toque. Nunca perdem a bola, é muito mais rápido, houve momentos em que as coisas não saíam bem, mas ajudavam-me muito. Lá é muito mais rápido, a qualidade… jogam todos muito bem.»

Foi mesmo muita emoção. A dizerem o meu nome para entrar, as palmas… foi um sonho que tinha desde criança, estrear-me naquele estádio brutal, foi uma sensação inexplicável.

O jovem defesa elogiou Roger Schmidt, que «perguntava sempre como é que estava e sentia, se estava feliz», partilhando de seguida uma história engraçada que aconteceu durante um treino: «O roupeiro da equipa A pediu-me dois pares de botas, e eu ‘dois pares de botas?’ e ele ‘sim, para o caso de seres convocado, fico já com os dois pares de botas e as caneleiras’ e eu, ‘mas já sabes alguma coisa?’ e ele ‘não sei nada, não sei nada’.»

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A convocatória viria mesmo e Spencer não conseguiu esconder a satisfação. «Estava no banho, recebi uma chamada, saí do banho, atendi e ele [Roger Schmidt] disse ‘olha Spencer, estás na convocatória da equipa A’», conta, demonstrando grande euforia.

Quis ligar de imediato aos pais a anunciar as boas novas, mas acabou por aguentar e por lhes dar a notícia em casa. «Liguei a uma pessoa que também é muito importante na minha família, ao meu tio. Não está cá, liguei e disse-lhe que estava na convocatória da equipa A, ele disse que estava muito contente por mim», conta à BPlay, revelando depois como foi quando chegou a casa: «Esperei que estivessem todos na sala, os meus irmãos e os meus pais, disse-lhes que fui convocado para a equipa A e foi muita emoção lá em casa, a minha mãe deu-me logo um abraço, o meu pai muito contente, os meus irmãos… todos muito contentes.»

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O dia em que se estreou (a 14 de abril, frente ao Moreirense na 29.º jornada) nunca lhe sairá da memória: «Aos 70 e tal minutos estava a aquecer, o João Neves e o Tomás Araújo chamaram-me e eu disse ‘é para ir?’ e eles disseram ‘não, não, mas está quase’. Continuei a aquecer e aos 80 e tal minutos chamam-me e eu, quando cheguei ao banco a vestir a camisola, nem queria acreditar. Foi mesmo muita emoção. A dizerem o meu nome para entrar, as palmas… foi um sonho que tinha desde criança, estrear-me naquele estádio brutal, foi uma sensação inexplicável.»