João Rego relembra estreia pelo Benfica: «João Neves disse-me para me divertir»

Médio de 18 anos estreou-se pela equipa principal das águias contra o Arouca

João Rego deu uma entrevista à BPlay, em conjunto com Diogo Spencer e Gustavo Varela, em que abordou vários temas relativos ao seu primeiro jogo pela equipa A do Benfica. O médio ofensivo recordou com um sorriso estampado toda a aventura que foi esta primeira época ao serviço da equipa principal, desde o primeiro treino ao dia da estreia: 12 de maio, contra o Arouca, para a 33.ª jornada da Liga (vitória por 5-0 para o Benfica).

«Fiquei todo entusiasmado por treinar com a equipa A. Cheguei ao treino e estavam lá jogadores que eu desde pequenino costumava de ver na televisão», começou por dizer o jovem da formação benfiquista, que a dado momento admite nunca ter pensado que «iria estar a partilhar balneário com eles». «Fui bem recebido pelos meus colegas», revela, antes de frisar que nos treinos com a equipa principal «a velocidade é outra». Ainda assim, João Rego não se acanhou: «Fui tentando fazer o que sabia fazer, não inventando muito, tentando jogar sempre simples para ir ganhando a confiança deles aos poucos e correu bastante bem.»

Naquele momento a sós, soube que todos os sacrifícios que tinha feito, todos os treinos, todas as viagens que os meus pais tinham feito, tudo iria valer a pena.

O médio recorda bem o momento em que Roger Schmidt o informou que integraria a próxima convocatória da equipa principal. «Perguntou-me se eu estava preparado e eu disse que sim. Quando me disse que ia fazer parte da convocatória mantive-me normal, mas assim que cheguei ao balneário explodi de felicidade», confessou, antes de deixar um desabafo: «Naquele momento a sós, soube que todos os sacrifícios que tinha feito, todos os treinos, todas as viagens que os meus pais tinham feito, tudo iria valer a pena. Ter a oportunidade de estar lá, pisar o Estádio da Luz, mesmo que não entrasse, por si só, estar lá já era um sonho.»

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O pai de João Rego tinha uma viagem marcada, mas nem isso o impediu de assistir à estreia do filho: «Ele acabou por ir, mas voltou mais cedo porque não conseguia, tinha de estar lá [no Estádio da Luz] presente para mim. Sendo também o clube do coração do meu pai e do meu irmão, foi o meu sonho, mas também um sonho deles.»

No dia D, o jovem médio ofensivo pediu «para ir com João Neves», que lhe perguntou se «estava preparado» e lhe disse para se «divertir apenas e estar tranquilo». E parece que o plantel principal tentou pregar-lhe uma partida: «Disseram para me sentar no lugar que estava vazio, que supostamente era o lugar do Di María [risos]. Acabei por não me sentar, porque o Florentino disse para não o fazer e acabei por me sentar atrás dele.»

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Chegados ao balneário, o número 84 das águias nem queria acreditar no tamanho das instalações. «Queria ir à casa de banho, mas nem a conseguia encontrar, entrava nas portas todas e não encontrava. Quando entrei e vi a minha camisola… foi um momento que me marcou bastante», revela, explicando de seguida o momento em que soube que ia entrar em campo: «Vieram chamar-me, disseram-me que era eu e eu pensei ‘ok, tens de estar pronto’. O mister disse-me para eu jogar sem medo, com coragem, fazer o que sabia e estar tranquilo. Ouvi, segui os conselhos e fiz o meu melhor.»

No final do jogo, Rui Costa, presidente do Benfica, passou pelo balneário para o felicitar: «Deu-me um grande abraço e os parabéns pela estreia. Perguntou-me se eu estava muito feliz, eu disse que estava porque tinha cumprido um dos meus sonhos.»