Destaques do FC Porto: Pepê e o corte que lhe roubou a glória

Brasileiro foi um agitador e decidiu quase sempre bem no embate com o Barcelona

Diogo Costa (6) — Foi buscar a bola ao fundo da baliza em cima do apito para o intervalo sem ter tido muito trabalho na primeira parte, em que se destacou por ter desviado disparo de João Félix, aos 23’, por cima da barra. A segunda ainda foi mais tranquila...

João Mário (6) — Sabia de antemão que lhe iria tocar tarefa complicada, a de parar João Félix. E se Félix esteve bem, por estranho que pareça, isso não significou que João Mário tivesse estado mal. Cerrou dentes e foi à luta, ganhando e perdendo duelos. Aos 5’ atrapalhou-lhe remate na área (repetiu aos 50’), aos 7’ tirou-lhe a bola e fez subir o mercúrio do termómetro do Dragão, e mal começou a segunda parte atirou por cima da barra, avisando o Barcelona ao que o FC Porto ia após golo sofrido em cima do intervalo.

Fábio Cardoso (5) — Era para ele a bola que Baró acabou por permitir que Gundogan intercetasse para servir o golo de Ferran Torres. 

David Carmo (6) — Assinou a que talvez tenha sido a melhor exibição pelos dragões. Lewandowski não fez mossa nos cerca de 30 minutos que jogou e Carmo fechou bem os espaços no coração da área. O melhor elogio que se lhe pode fazer é que esteve à altura sem Pepe e Marcano por perto.

Wendell (7) — Grande exibição, mesmo com o jovem, temível e veloz Lamine Yamal pela frente. E tentou sempre sair a jogar, conduzindo vários lances, até sem estar colado à ala. Ter Stegen negou-lhe o golo aos 65’ e depois expulsou Gavi na compensação do segundo tempo.

Romário Baró (3) — Num abrir e fechar de olhos se pode estragar uma noite de trabalho. Foi o que lhe aconteceu com aquele passe mal medido para Fábio Cardoso, que Gundogan, qual tubarão em sentido por sangue nas proximidades, farejou e transformou na assistência para o golo de Ferran Torres, que apagou a chama do dragão, sem, contudo, a extinguir. Saiu confortado pelo aplauso do Dragão, depois de bom cruzamento da direita aos 63’, mas não terá, seguramente, direito a palmadinhas nas costas de Sérgio Conceição...

Alan Varela (6) — É nestes jogos que o argentino vai ganhar calo e rodagem. E ontem já mostrou um pouco melhor o que pode fazer, diante de oponentes como Gavi ou Gundogan, de altíssima rotação, o que obriga qualquer adversário a ter de... dar ‘a la pierna’...

Eustaquio (6) — Também vieram dele os sinais de inconformismo com o que se estava a passar em campo e que viram na rápida condução do jogo e nalgumas transições.

Galeno (7) — O selecionador Roberto Martínez estava no Dragão e deve ter gostado do que viu. O melhor momento no jogo foi aquele remate arqueado aos 71’ que proporcionou a defesa da noite a Ter Stegen. Amarelou Cancelo logo aos 13’, repetiu com Koundé aos 47’, e era essa a única forma de o travar...

Taremi (6) — Aos 20’ ficou a sensação de ter sofrido falta de Koundé na área do Barcelona. E dois ou três lances ficaram na retina. Grande passe para Pepê aos 53’, aos 63’ atirou ao lado a cruzamento de Baró e aos 83’ viu anulado o golo de uma carreira com o fora de jogo que viu assinalado após pontapé de bicicleta que mereceria menção no museu do FC Porto.

Evanilson (5) — Adensou a pressão ofensiva na área do Barcelona, mas sem efeitos para além desse.

Francisco Conceição (5) — Tentou agitar nos poucos minutos em campo. Procurou alguns raides pelo lado direito, tentou cruzar e atirou à malha lateral já na compensação.

Namaso (-) — Foi mais um para acampar no último terço do Barcelona no fôlego final do FC_Porto, em que os dragões fizeram autêntico cerco à área dos 'blaugrana' e já com a defesa catalã a rebentar fisicamente.

Nico González (-) — Teve minutos frente à equipa-mãe, mas não deu para grande coisa.

Iván Jaime (-) — Ficou sobre a esquerda e só deu Francisco Conceição pela direita...