Destaques do FC Porto: na loja do mestre André a língua mais falada é mesmo… o futebol
Número 20 dos dragões respondeu de forma extremamente competente às novas funções que lhe foram destinadas. Foto: FC Porto

Destaques do FC Porto: na loja do mestre André a língua mais falada é mesmo… o futebol

NACIONAL20.10.202323:50

Criativo português, ontem lateral-esquerdo (!), foi o empreendedor do triunfo portista; um espanhol, um inglês e um brasileiro juntaram-se ao ‘negócio’; centrais serenos

O melhor em campo: André Franco (7)

Um golo e uma assistência já seriam motivos mais do que suficientes para que André Franco fosse, indiscutivelmente, a figura do jogo. Mas o esquerdino não quis ficar por aí. Além do tento apontado (que belo remate à entrada da área, fazendo a bola entrar junto ao poste direito da baliza dos transmontanos!) e do cruzamento milimétrico para o cabeceamento certeiro de Evanílson, o número 20 dos dragões – ontem na posição de… lateral-esquerdo – confirmou todo o seu manancial de soluções ao nível da construção de jogo ofensivo (pelo corredor e pelo centro e perfumou todos os lances em que interveio).

Cláudio Ramos (5) – Confirmou as expectativas que, por certo, teria, e viveu uma noite tranquila. 

João Mário (6) – Construiu o lance que originou a primeira aproximação dos dragões à baliza contrária, com um cruzamento a que Pepê não conseguiu dar a melhor direção (2’). Já depois da meia hora, tentou novamente servir o extremo brasileiro, com um passe longo extremamente bem medido, mas o camisola 11 dominou mal a bola e voltou a desperdiçar. Aos 36 minutos, o lateral luso tentou o passe interior para Grujic e a bola acabou nos pés de André Franco e, depois, dentro da baliza. João Mário também tentou a sua sorte, mas o remate de pé esquerdo (61’) passou a milímetros do poste.

Zé Pedro (6) – Sem problemas de maior para resolver na sua área de jurisdição, teve o mérito de ganhar quase todos os duelos aéreos e, acima de tudo, de nunca complicar na saída de bola. A simplicidade também é (e deve ser) uma das armas de um defesa-central que seja poucas vezes chamado à ação.

Fábio Cardoso (6) – Tal como o seu parceiro de setor, não complicou. Os momentos de intervenção foram sempre bem-sucedidos e na ausência de casos mais complicados teve o condão assumir na perfeição o papel de comandante da defesa (e ontem com a braçadeira de capitão!).

Pepê (5) – Desinspirado. Pareceu querer puxar dos galões, especialmente na primeira parte, mas a verdade é que as coisas não lhe saíram como habitualmente costumam sair. Depois de cabecear ao lado (2’), teve nos pés uma tremenda situação para abrir o marcador (34’), mas o domínio deixou muito a desejar e a bola morreu nas mãos do guarda-redes adversário.

Grujic (5) – Longe da melhor forma física, percebe-se porque tem jogado pouco esta época. Raio de ação bastante diminuído, com muitos passes para trás e para o lado. Quando tentou olhar para a frente e arriscar um pouco mais, denotou falta de confiança. Com e sem bola.

Nico González (6) – Cabeceou à figura de Daniel, logo aos 6 minutos, e nesse momento percebeu-se que o médio espanhol queria, além de coordenar as ações no miolo, tentar chegar a zonas de finalização para procurar o golo. Não voltou a conseguir criar esse tipo de desequilíbrios no último terço, mas simplificou quase todas as tarefas com bola, fazendo com que o jogo portista corresse a uma velocidade apreciável.

Galeno (5) – Muito longe do protagonismo habitual. Tentou alguns raides em velocidade pelo flanco esquerdo, mas quase sempre sem sucesso. Apercebendo-se que a profundidade não lhe estava a dar os efeitos desejados, passou a explorar espaços interiores, mas também aí acabou por não ser feliz. Apenas um remate (30’) e para… a bancada.

Fran Navarro (5) – Na única grande oportunidade de que dispôs, rematou perto do poste direito da baliza contrária. O lance, ainda assim, estava já invalidado por (suposto…) fora de jogo. Foi a situação de maior preponderância do espanhol.

Danny Namaso (6) – Percebendo que o centro do ataque estava demasiado povoado, optou por sair da área, ora para zonas centrais, ora para os flancos, tentando encontrar espaços para os desequilíbrios. 

Evanilson (6) – Quatro minutos em campo bastaram para… molhar a sopa. À ponta de lança, fugiu da marcação contrária e cabeceou certeiro para o 2-0. Está a readquirir forma e confiança e isso é um ótimo indicador para os desafios futuros. A começar já pelo jogo com o Antuérpia, para a Liga dos Campeões.

Francisco Conceição (5) – Colou-se à direita e tentou alguns dos seus malabarismos. Está a subir de forma…

João Mendes (5) – Entrou para o lado esquerdo da defesa e cumpriu.

Martim Fernandes (5) – Lançado para a lateral-direita, destacou-se no ataque.

Gonçalo Borges (5) – Algumas agitações junto ao corredor canhoto.