Dembélé: «Sofri muito em Barcelona»

Jogador do Paris Saint-Germain esteve seis épocas com os catalães e teve várias lesões

Ousmane Dembélé está feliz no PSG, clube ao qual chegou no último verão após uma passagem abaixo do esperado no Barcelona, que adquirira o seu passe em 2017 por 135 milhões de euros. Em entrevista ao Le Parisien, o jogador recordou os anos que passou em Espanha.

«Cheguei a Barcelona com 20 anos, em processo de aprendizagem. É o lugar onde mais cresci na minha vida pessoal e profissional. Sofri muito ali, passei por momentos muito difíceis. Com o passar dos anos, tudo foi melhorando», revelou, afirmando depois encarar este processo de crescimento com naturalidade.

«É a evolução lógica de um jogador profissional que, ao longo dos anos, mudou muitas coisas e melhorou muito.»

Apesar das dificuldades por que passou, Dembélé recorda com carinho a experiência de ser treinado por Xavi nos blaugrana: «Passei momentos incríveis com Xavi, éramos muito próximos. Ele dava-me muitos conselhos e tinha muita confiança em mim.»

O francês também só teve elogios a fazer ao seu treinador atual, Luis Enrique: «É calmo, faz piadas e quando tem de falar a sério, fala. Mas não é fechado, está próximo dos seus jogadores, dá muitos conselhos e muitas vezes entra em pormenores sobre como melhorar.»

O avançado abordou depois a mudança para Paris, onde encontrou várias semelhanças com a cidade e o clube catalão: «O Barcelona é um clube muito grande, sabemos disso. Mas o PSG também é um grande clube, vejo isso dentro e fora do campo. Sinceramente, para além do clima, para mim não há grandes mudanças. O mesmo se passa com o estádio: o Camp Nou é enorme e cheio de história. Mas no Parque dos Príncipes, o ambiente é excecional, em cada jogo, os adeptos transportam-nos.»

Após a última lesão que sofreu em Barcelona, que tirou três meses da sua carreira, o jogador sabia que «ia regressar muito forte» e que a adaptação ao novo clube seria positiva: «Há jogadores que são excecionais assim que chegam e outros que precisam de tempo. No Dortmund explodi logo e no Barcelona foi pouco a pouco. Em Paris é um pouco a mesma coisa, com menos lesões.»

«Hoje sinto que finalmente me encontrei. Estou no bom caminho, mas quero dar ainda mais, ser ainda mais decisivo», concluiu.