Bayer Leverkusen «Benfica é muito difícil na hora de vender jogadores»

Grimaldo foi titular na vitória deste sábado à tarde do Bayer Leverkusen na receção ao RB Leipzig, na estreia na Bundesliga 2023/2024, por 3-2, mas foi também notícia em Espanha com uma entrevista que concedeu ao portal InfoBae España, na qual não passou ao lado das questões sobre o Benfica, voltando a justificar a saída com o desejo que tinha de enfrentar novo desafio.

«Gosto imenso do Benfica, é o meu clube e continuarei a apoiá-los, mas creio que precisava de uma mudança. Estava há muitos anos lá e sentia que era o momento de uma mudança de ares e de experimentar um campeonato diferente», advogou o lateral esquerdo, que também vincou a postura dura dos encarnados à mesa das negociações, isto a propósito da tão propalada possibilidade de regressar ao Barcelona oriundo da Luz, que acabou por não se dar.

«Falou-se muito disso, mas o Benfica é um clube muito difícil na hora de vender jogadores. São duros a negociar e sempre foi complicado para os outros clubes chegarem aos valores que pediam. Mas estava bem lá, apostaram em mim», assentou Grimaldo, que na primeira época no Bayer Lervekusen tem de contentar-se com a fase de grupos da Liga Europa. Mas não tem dúvidas que isso vai mudar...

«Apesar de não estarmos na Champions, estou numa equipa de Champions. Temos um plantel para estar lá no próximo ano, mas esta época vamos lutar por fazer uma boa Liga Europa», disse, sem quaisquer arrependimentos em relação à mudança: 

«Estou muito contente com a decisão. É verdade que havia muitos interessados, mas às vezes vais para um clube sem saber se o treinador te quer mesmo. O Xabi [Alonso] transmitiu-me confiança desde o primeiro momento e o clube apostou forte em mim. Não podia recusar esta oportunidade, tinha de dar este passo para continuar a crescer como jogador.»

Há muito que Grimaldo sonha com a seleção espanhola, que nunca lhe abriu a porta enquanto esteve no Benfica. Foi, também, com esse intuito de ser mais notado que rumou à Bundesliga.

«Talvez o meu rendimento no Benfica não tivesse tanta repercussão por ser a liga portuguesa, ainda que tenha feito grande Liga dos Campeões. Estive na equipa ideal da fase de grupos, conseguimos chegar aos quartos, mas no final de contas os adeptos espanhóis o que mais consomem é o futebol do seu país. Vir para esta liga vai permitir demonstrar que a questão não é a liga, mas sim o jogador», argumentou