Benfica Basileia-Benfica: a crónica e o positivo e negativo
Passos no caminho certo e com muita qualidade
Benfica venceu de forma claríssima um Basileia preparado para entrar em competição. Equipa funciona bem e Di María tudo ilumina. Jurásek também se estreou e marcou golaço!
O adversário suíço foi fraco oponente e os encarnados jogaram com muito apoio nas bancadas de St. Jakob-Park, mas isso não diminui a importância dos fortes sinais que as águias transmitiram. Derrotaram sem dificuldade o Basileia, como já acontecera no jogo de treino realizado frente ao Southampton, em Inglaterra, que terminou 2-0, mas à consistência e qualidade que já tinham mostrado juntou-se agora a cereja, o toque que torna a equipa especial e que dará ainda mais garantias a Roger Schmidt de poder atacar com força a nova época e nas diferentes frentes: Angel Di María. É realmente totalmente impossível falar do desafio particular deste domingo sem falar de Di María.
A começar na direita, mas com liberdade para pisar terrenos interiores, o internacional argentino estreou-se com a camisola encarnada, marcou o primeiro golo e foi, no estádio, uma explosão de alegria para os benfiquistas. Mas Angel esteve nos três golos com que o Benfica ganhou o jogo, ainda na primeira parte. Foi ele quem lançou Rafa para este cruzar para Gonçalo Ramos no segundo e foi também o argentino quem passou para o golaço de Jurásek, lateral-esquerdo checo, contratado para o lugar de Grimaldo, também ele em estreia neste duelo com o Basileia.
E Di María não se viu somente no ataque, pois correu e ajudou bastante a defender, dando razão ao que dele disse recentemente numa entrevista ao nosso jornal César Luis Menotti, emblemático ex-jogador e treinador argentino: «Di María corre como nunca! Está na melhor fase da carreira.»
Na verdade, Roger Schmidt lançou na primeira parte um onze que poderia muito bem ser o eleito para o início oficial da temporada. Nele não estavam, por exemplo, Fredrik Aursnes ou David Neres, dois jogadores fundamentais na época passada, exemplificando bem o acréscimo de opções e de qualidade que teve o plantel às ordens de Roger Schmidt.
Mas, hoje, mais importante do que o incrível talento de Di María, da forma como ele transforma o futebol da equipa, e da qualidade diferenciada de muitos outros, foi o facto de a equipa continuar a mostrar uma personalidade muito vincada, com grande compromisso de todos os jogadores nas tarefas ofensivas e defensivas. Este Benfica que agora começa a época joga com alegria e com muita qualidade, fazendo lembrar o Benfica que começou na época passada. Mas com mais corpo, adulto e com armas diferentes.
Para a segunda parte do desafio frente ao Basileia entrou um onze novo, apenas se manteve Vlachodimos, mas os encarnados continuaram a dominar e estiveram várias vezes perto de voltar a marcar. O jogo ficou nervoso e, também em consequência disso, o Basileia marcou. Mas só o Benfica mereceu vencer.
O positivo
A intensidade da pressão no momento da reação à perda de bola. Foi imagem de marca do Benfica e mantém-se. E todos os jogadores se envolvem nesse momento de forma solidária.
O negativo
Falta de eficácia da equipa que entrou na segunda parte. Foram criadas várias oportunidades que pediam melhor definição, acabando, depois, por marcar o Basileia.