Não há pantera que assuste no caminho para o quarto (crónica)
Vinícius Lopes vai fugir em direçãoi da baliza contrária (Eduardo Costa/Lusa)

Santa Clara-Boavista, 1-0 Não há pantera que assuste no caminho para o quarto (crónica)

NACIONAL00:36

Santa Clara continua a fazer campeonato digno de (muitos) elogios e axadrezados a olharem para a baliza contrária como se esta ficasse numa galáxia deveras distante...

O Santa Clara queria voltar ao quarto lugar e no caminho para este objetivo não houve pantera que assustasse os açorianos. O jogo até começou morno com o emblema felino a tentar colocar algumas garras de fora mas diga-se em abono da verdade que a equipa é muito frágil e ou muito nos enganamos ou terá muitas dificuldades em manter-se no escalão principal. Para já, os portuenses estão na 15.ª posição da Liga, em igualdade pontual com o Estrela da Amadora, com escassos cinco pontos.

Mas, voltando ao jogo, malgrado as muitas adaptações a que o treinador Cristiano Bacci é obrigado por força dos problemas financeiros que impedem idas ao mercado, a jovem pantera até nem começou mal o jogo, embora sempre dando a sensação que para ela a baliza contrária ficava numa galáxia distante.

ROLO COMPRESSOR A GASÓLEO

A organização defensiva estava lá, também fruto do defensivo 4x5x1 em que se apresentou. No entanto, foi sol de pouca dura, pois, aos poucos, os açorianos começaram a tomar conta do jogo, fazendo da robustez do meio-campo uma arma que se revelava complicada para os homens de Cristiano Bacci.

Aos poucos, numa ideia de um rolo compressor movido a gasóleo, os açorianos começaram a empurrar os axadrezados para trás, com o trio da frente, constituído por Vinícius Lopes, Safira e Gabriel Silva, a estar sempre em regime de prontidão para colocar em perigo a defensiva contrária.

E após uma série de ameaças, Vinícius Lopes colocou mesmo os da casa em vantagem, após uma boa jogada de Safira, em que um boavisteiro ficou a queixar-se não se sabe bem do quê...

O jogo acalmou e na segunda parte a baliza contrária ficou um pouco mais perto para os axadrezados a partir da entrada de Miguel Reisinho, mas sem que nunca incomodassem sobremaneira os açorianos — claramente num regime de gestão — com o único frisson de perigo a acontecer apenas no tempo de compensação. Muito pouco para fazer frente a uma equipa de Vasco Matos moralizada que, até ao momento, apenas perdeu com dois candidatos assumidíssimos ao título, Benfica e FC Porto e merece (muitos) elogios.

Veja o resumo do jogo:

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