Allianz Cup Artur Jorge: «Sabíamos que, em termos mediáticos, éramos favoritos»

Treinador do SC Braga falou da expetativa para a final, e da ambição independentemente do adversário

Após o apito final do jogo entre SC Braga e Estoril, Artur Jorge confessou à Sport Tv que sabia que a sua equipa era considerada favorita, mas que esse facto não tornou o jogo mais fácil.

«A partir do momento em que ficou definido o adversário, percebemos que, em termos mediáticos, éramos considerados favoritos, e que tínhamos quase a obrigação de vencer o troféu. Mas a nossa ambição seria sempre igual, face a qualquer adversário, e sabíamos que do outo lado ia sempre estar um adversário com a mesma expetativa. Sabemos que tínhamos uma responsabilidade acrescida pelo que é a valia da equipa, os objetivos, a ambição que tínhamos em conquistar troféus. Sabíamos que era importante ter esse controlo. Não sei se não foi por isso que tivemos dez minutos desastrosos na primeira parte, as coisas não estavam perto do que queremos, foram dez minutos de turbulência, mas depois estabilizámos. É importante esse controlo emocional, ter a equipa focada e não fugir à responsabilidade que tínhamos, e que essa responsabilidade não fosse castradora da nossa forma de jogar, e acabámos por ganhar.»

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O técnico falou ainda da abordagem ao jogo, dando mérito à forma como o Estoril condicionou os seus jogadores: «Muitas vezes temos de procurar o que o adversário dá. Tínhamos dois homens a jogar mais por dentro, mas o Estoril procurou defender mais alto, e nós, dessa forma, conseguimos ver o espaço nas costas da linha defensiva e tentámos explorar esse momento. Não era o nosso ponto de partida estratégico, mas foi o que o jogo nos deu naquele momento e, tendo nós jogadores que atacam bem esse espaço, encontrámos os espaços nas costas da linha defensiva. A entrada do Pizzi ajudou, é um jogador de ligação.»

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Questionado se a vontade de querer é mais importante que a preparação, Artur Jorge considerou que ambição das equipas quando chegam às finais é sempre a mesma: «As finais têm todas um fator comum, a ambição das equipas. Não se consegue ter uma final muito desequilibrada, as finais são sempre muito divididas porque há duas equipas que sabem que aquele é o momento, as coisas vão ficar resolvidas ali. Hoje houve duas equipas que se bateram muito bem, o querer é determinante, mas não é só nas finais, é em todos os jogos, e temos de ter esta consistência para ser regulares.»