Arouca: Gonzalo García ainda procura um onze

Treinador apenas por uma vez repetiu a equipa. Apenas quatro jogadores foram titulares na oito jornadas da Liga

Foi quase com a totalidade do plantel disponível - apenas os centrais Matías Rocha e Galovic e o médio Kouassi continuam aos cuidados do departamento médico - que Gonzalo García começou a preparar a deslocação ao Estoril, no sábado. Um duelo pela fuga aos últimos lugares da tabela classificativa que se reveste da maior importância para os lobos, que, com apenas 7 pontos, estão apenas três acima da última posição.

Trazer uma vitória da Amoreira está nos horizontes da equipa, um resultado que seria o ideal perante o difícil ciclo de jogos que espera a equipa até à 12.ª jornada: SC Braga (casa), Famalicão (fora) e Benfica (casa), além da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.

Um Arouca a que o treinador uruguaio ainda procura dar o rumo certo num plantel reforçado com 13 unidades, mas que perdeu algumas referências de peso, como Cristo González e Rafa Mújica, que rumaram à Liga do Catar e renderam os cofres da SDUQ valores acima dos 15 milhões de euros.

Ainda à procura de estabilizar um onze que fortaleça os processos da equipa, Gonzalo García, ora por opção técnica ora por razões clínicas que foram afetando o plantel, apenas por uma vez repetiu a mesma equipa, nas jornadas 6 e 7, frente a Farense e FC Porto. Uma busca de coesão de que apenas têm feito parte quatro titulares nas oito jornadas já realizadas: o guarda-redes Nico Mantl, o lateral-direito Tiago Esgaio e os médios David Simão e Taichi Fukui, jovem japonês que é já uma das revelações no arranque da época, relegando mesmo Pedro Santos (um dos indiscutíveis no final da época transata) para o banco de suplentes.

Ainda à espera que os craques Sylla e Jason Remeseiro atinjam os patamares exibicionais que os notabilizaram na temporada anterior, Gonzalo García joga os destinos do Arouca na capacidade de solidificar os muito remodelados setores defensivo e atacante.

Praticamente a meio da primeira volta da Liga, o Arouca - não obstante os cinco golos apontados ao Maria da Fonte, da distrital da AF Braga, para a Taça de Portugal - é nesta altura uma das equipas menos finalizadoras da Liga (4 golos) e integra o lote das quatro mais batidas do campeonato, com 13 golos.