Sporting Amorim aposta na ‘explosão’ de Bragança

Após uma época de paragem devido uma gravíssima lesão no joelho direito - entorse traumática com rotura do ligamento lateral interno -, sofrida a 9 de julho do ano passado num jogo de treino diante do Estoril (4-0), Daniel Bragança está de volta às opções, já trabalha na Academia e os responsáveis leoninos apostam na sua explosão esta temporada, tendo também confiança de que o futebolista, aos 24 anos, está no ponto ideal para a afirmação, tratando-se do primeiro reforço de Rúben Amorim para esta temporada, pois amanhã, dia em que os leões se apresentam, no que respeita a caras novas... zero.

A provar esta aposta o facto de, numa primeira instância, os leões terem pensado em contratar um jogador para a posição 8 mas, entretanto, terem mudado de ideias para colocar um seis em ponto de mira, como que reservando Daniel Bragança para funções mais de transporte de bola e ligação ao ataque, aproveitando a qualidade de passe e a criatividade do esquerdino. Além disso, também lhe renovaram o contrato até junho de 2027.

Nesta fase em que se apresentou antes da maioria dos companheiros de equipa, tem apurado a forma física e feito reforço muscular através de trabalho no ginásio e no relvado, o médio está focado a 100 por cento e como que acende o rastilho para um 2023/2024 em grande, recuperado o tempo perdido, isto após um processo de recuperação moroso.

A recuperação 

Após a intervenção cirúrgica, Bragança, numa primeira fase, debelou o inchaço resultante da operação e tirou os pontos. O estádio seguinte passou por um reforço muscular sem movimentos, através de contrações isométricas e começou a trabalhar a mobilidade do joelho, dobrando-o. Na terceira fase de recuperação, o esquerdino fez exercícios de reforço muscular só com o peso corporal e iniciou corrida ligeira. Na etapa seguinte, por volta dos quatro meses após a operação, iniciou o processo de reforço muscular já com pesos e corrida no relvado. Entrando na reta final do processo, deu-se a etapa dos exercícios específicos no relvado, através de mudanças de direção, travagens, acelerações e saltos.

Depois de todos estes períodos, foi, finalmente, entregue à equipa técnica e considerado apto, algo que aconteceu na reta final da época passada. Apesar desta realidade, para «não arriscar», Rúben Amorim não o colocou a jogar.

Em todos os estádios, Daniel Bragança terá sido submetido, também, a trabalho psicológico. Sobre este aspeto, o antigo guarda-redes leonino Nélson tem opinião avalizada, tendo em conta os inúmeros problemas nos joelhos sofridos durante a carreira. «A confiança é muito importante para se recuperar da melhor forma possível, pois o futebol é um jogo de mudanças de direção, travagens; exige muita mobilidade dos joelhos e tem de se ter confiança para o fazer», explica.