A fórmula de Turim e a crença de Paris para escrever história

Benfica A fórmula de Turim e a crença de Paris para escrever história

NACIONAL18.04.202320:27

A missão é difícil mas não é impossível. E, como em tudo na vida, há sempre uma primeira vez. O Benfica nunca venceu o Inter na sua história, e estar obrigado a fazê-lo em Milão não ajuda, mas a vitória já conseguida no decurso desta temporada em Turim (a primeira do século XXI em Itália, depois do triunfo por 1-0 em Florença sobre a Fiorentina de Rui Costa em 1997), na segunda jornada da fase de grupos, na qual os encarnados venceram a Juventus por 2-1, e depois repetida na Luz, por 4-3,  na jornada 5, atestam que, conjugados os ingredientes certos, está ao alcance da melhor versão do Benfica surpreender esta formação nerazzurra em pleno Giuseppe Meazza - cuja felicidade na Champions tem contrastado com a tristeza pelo percurso da equipa na Serie A, nem tendo conseguido capitalizar a vitória trazida de Lisboa, à qual se seguiu derrota caseira (0-1) com o Monza que culminou num ultimato ao treinador Simone Inzaghi.


A descrença semeada por três derrotas consecutivas - FC Porto, Inter e Desp. Chaves -, porém, que faz duvidar da capacidade das águias para dar a volta em Milão, não é, no entanto, assim tão diferente da pouca confiança que invadiu os benfiquistas depois de o sorteio ter colocado PSG e Juventus no caminho encarnado na fase de grupos.

Pareciam remotas as hipóteses de qualificação, mas veja-se onde as águias foram parar. É, pois, preciso voltar a acreditar. E é essa a tarefa de Roger Schmidt na preparação da partida em Milão, onde se pede um misto da fórmula de Turim - onde jogou com Neres, João Mário e Rafa no apoio a Ramos - com a crença mostrada nos jogos diante do PSG, quer na Luz, quer em Paris, quando muitos não sonhavam sequer que fosse possível parar a armada francesa com Messi, Neymar, Mbappé e companhia.