Ronaldo ainda é rei mas o novo comandante chama-se Bruno

Ronaldo ainda é rei mas o novo comandante chama-se Bruno

SELEÇÃO22.11.202309:10

Qualificação imaculada de Portugal teve no médio do Manchester United o mais influente jogador. CR7 lutou até ao fim com Lukaku pelo trono de goleador-mor. Bernardo Silva é o maestro, Rúben Dias o patrão da defesa

Como uma onda perfeita nunca vista, a qualificação imaculada da Seleção Nacional rumo ao Euro-2024 já tem lugar guardado nas páginas mais brilhantes da história do nosso futebol. Jamais Portugal havia conseguido uma travessia 100 por cento vitoriosa (10 triunfos em 10 jogos) e tão bem sucedida a nível de golos marcados (36, mais do que qualquer outra nação neste apuramento, embora na média de minutos necessários para cada um, 25’, tenha terminado igual a França) e sofridos (só 2, ambos em casa diante da Eslováquia e menos do que qualquer outra seleção).

Uma caminhada brilhante que voltou a ter o inevitável e eterno Cristiano Ronaldo como rei dos golos (10, média superior a 1 por jogo, ele que falhou um, por castigo), um portento de força e técnica aos 38 anos e que celebra no próximo ano duas décadas sobre a sua estreia em Europeus, no saudoso 2004 realizado no nosso País.

Para quem dele duvidava, aí ficaram inúmeras provas de vida, destacando-se a dezenas de golos - terminou em segunda da contagem da qualificação, superado somente por Lukaku que, com quatro remates certeiros no último jogo da Bélgica, chegou aos 14 - e o facto de ter sido o terceiro mais utilizado por Roberto Martínez ao longo do apuramento, somando 724 minutos e só ficando atrás de Rúben Dias e do senhor que, em seguida, apresentamos.

Senhoras e senhores, eis Bruno Fernandes, o novo comandante de Portugal, o mais regular da Seleção na era-Martínez, autor de seis golos na qualificação e impressionantes oito assistências, número que o deixou no topo da lista de todos os jogadores de todas as 53 nações que participaram nesta fase de qualificação, muita acima do segundo classificado, o genial Mbappé, que protagonizou cinco, ou de um dos terceiros: Bernardo Silva, com quatro. Contas feitas, Bruno teve participação direta em 14 golos, quase 40 por cento dos marcados por Portugal. Foi ainda o único titular nos dez encontros e, por isso, o português com mais minutos na competição.

Segue-se na lista de mais utilizados o novo patrão da defesa lusitana, Rúben Dias, que aos 26 anos está cada vez mais experiente e com capacidades de liderança ímpares. Fez nove jogos, tal como CR7, João Cancelo e Bernardo Silva, o talentoso cérebro que conduz com mestria e classe refinada a orquestra portuguesa que, legitimamente, pode aspirar ao segundo título europeu da sua história no Alemanha-2024.