Roberto Martínez: «Chico Conceição foi o espalha-brasas que precisávamos»

Selecionador considera que Portugal foi muito superior estatisticamente

Após a vitória de Portugal contra a Chéquia por 2-1, no jogo de estreia da equipa das quinas no Euro 2024, Roberto Martínez considerou, na zona de entrevistas rápidas, que foi uma «vitória da resiliência» e que todos os jogadores estavam prontos para fazer a diferença em campo, tendo em conta «a preparação». Deixou ainda elogios a Francisco Conceição e ao seu «cheiro de golo» e explicou a opção de colocar Nuno Mendes a central.

«Sofremos um golo contra a Eslovénia e perdemos o jogo, sofremos um golo contra a Croácia e perdemos. Hoje acreditámos, mostrámos uma personalidade incrível e o balneário mostrou muitos valores que são essenciais para ganhar jogos. Posso dizer que dos 23 jogadores de campo todos tinham possibilidade de jogar hoje, podiam estar no onze. A preparação foi muito boa, os jogadores merecem estar aqui, hoje foi uma vitória de grupo, vitória da equipa», começou por dizer o selecionador, em declarações à Sport Tv.

O treinador da equipa das quinas frisou que se a Seleção tivesse «marcado cedo» podia ter «marcado mais golos», elogiando a formação lusa: «Gostei muito do caráter, hoje foi um desempenho da resiliência futebolística do balneário. Os adeptos foram fantásticos e não mereciam perder este jogo.»

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Já à SIC Notícias, Roberto Martínez garantiu que este «não é um jogo para avaliar do ponto de vista tático, técnico e físico», uma vez que Portugal teve «13 cantos contra zero da Chéquia, 70% de posse de bola e 18 remates», destacando novamente a «resiliência, equipa com vontade e acreditar».

Sobre Nuno Mendes a central, que causou alguma perplexidade, o selecionador explicou que «Nuno Mendes é um jogador com uma grande capacidade, tem capacidade física de jogar em posições numa linha de três, qualidade no pé esquerdo e era importante ter simetria no bloco médio», uma vez que a Chéquia «tem muita presença física». E acrescentou: «Precisávamos de encher e abrir o jogo; ter o Nuno que pode jogar no bloco médio e chegar ao último terço era importante para ter o Rafael Leão a jogar por fora. Mas o importante não é o 11 inicial, é o 11 que termina, que mostrou nível para acrescentar e ajudar ao que tentamos fazer. Mostra a boa fase de preparação que tivemos.»

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O treinador da Seleção Nacional concluiu com elogios para Francisco Conceição, que marcou o golo da vitória: «Chico Conceição merece, trabalha sempre com um olho para a baliza, é vertical, tem cheiro de golo e foi o espalha-brasas que precisávamos hoje.»