Bruno e Bernardo perseguem história
Médios de Manchester United e Manchester City aproximam-se do ‘top’-10 de golos e internacionalizações. Aos 29 anos, têm muito tempo para quebrar mais barreiras
Contra a Islândia, no fecho da qualificação cem por cento vitoriosa de Portugal para o Euro-2024, Bruno Fernandes fez o sexto golo da campanha - a que juntou oito assistências, mais três que qualquer outro jogador, de todas as nacionalidades, no apuramento, fazendo dele provavelmente o jogador mais influente da Seleção Nacional.
Os seis golos desde março elevaram o número de finalizações certeiras do médio do Manchester United com a camisola das Quinas para 19. Suficiente para alcançar André Silva e Hugo Almeida no 12.º lugar da lista dos melhores marcadores de sempre da Seleção (ainda que com mais jogos, 63 contra os 53 de André e os 57 de Hugo). E para ameaçar um top-10 que está cristalizado há vários anos.
Bruno Fernandes está agora a três golos de Nené e Simão Sabrosa, que partilham o 10.º lugar da lista. João Vieira Pinto, 9.º, está a quatro golos de distância, e Nani, 8.º, a cinco. Com 29 anos, feitos em setembro, e média de 0,3 golos por internacionalização, o número 8 de Portugal precisará, em teoria, de apenas mais 20 partidas para chegar a esse oitavo lugar - e nem o 4.º de Luís Figo (32 golos) parece seguro.
Menos concretizador, mas igualmente regular e preponderante na manobra da Seleção Nacional, Bernardo Silva também persegue lugar na história. Contra a Islândia, o médio/extremo do Manchester City somou a 87.ª internacionalização, ficando a apenas uma de alcançar Pauleta. E a duas de Ricardo Carvalho, o 10.º jogador com mais presenças pela equipa A de Portugal.
Se alinhar nos dois particulares previstos para março - ainda por agendar, porque os adversários dependerão do que der o sorteio da fase final do Euro-2024, que se realizará a 2 de dezembro, em Hamburgo -, Bernardo Silva entra assim no top-10. E aos 29 anos, completados em agosto, pode bem, assim a saúde o permite e uma boa campanha de Portugal no Europeu lhe dê oportunidade, passar a barreira das 100 internacionalizações A masculinas - que só sete portugueses conseguiram - já em 2024.