O mercado, no masculino e no feminino

OPINIÃO24.06.201904:00

NUMA temporada de vacas gordas no que respeita a vendas, que acabou por coincidir com o momento em que o clube se encontrava menos pressionado pelas contas, o Benfica tem em mãos um processo delicado, que pode marcar-lhe o futuro dentro e fora de portas. Com o Seixal a carburar de forma excecional (e, atenção, estes anos têm sido muito bons, mas haverá outros mais pobres...) o segredo do sucesso estará na qualidade dos jogadores contratados no exterior, através de um critério com malha apertada. Poucos mas bons, uma fórmula que tem normalmente tudo para dar certo.  


BRUNO FERNANDES realizou uma temporada de altíssimo nível, culminada com grande exibição na final da Liga das Nações, e despertou a cobiça de vários clubes europeus com grande poder financeiro. Juntando a esta circunstância o facto de o Sporting precisar do encaixe a realizar com a transferência, para equilibrar contas herdadas de um passado recente despesista, conclui-se que Bruno Fernandes acabará por sair não pela verba desejada (e quiçá justa), mas pelo montante possível na presente conjuntura. O cenário menos provável é voltar a vê-lo de leão ao peito, na próxima época.  

 
AINDA falta conhecer o destino de José Mourinho e o panorama dos treinadores portugueses pelo mundo já é de enorme relevância. Marco Silva e Nuno Espírito Santo dão cartas em Inglaterra, Leonardo Jardim, Paulo Sousa e André Vilas Boas estão em grandes clubes em França, Paulo Fonseca ingressou na Roma e Luís Castro substituiu-o no Shakhtar, Vítor Pereira é campeão na China, Rui Vitória idem na Arábia Saudita, José Morais lidera na Coreia do Sul, onde Paulo Bento é selecionador, Carlos Queiroz manda na Colômbia e Jorge Jesus agita o Brasil. Treinador português, marca consagrada.          


OReal Madrid acaba de anunciar que vai disputar a I Divisão espanhola em futebol feminino, tendo comprado uma vaga para poder entrar imediatamente por cima. Os merengues juntam-se assim a Barcelona e Atlético Madrid, numa estratégia que aponta para a evolução do negócio em torno do futebol jogado por elas, uma realidade que tem vindo a crescer um pouco por toda a parte. Aliás, basta ver a atenção mediática dada ao Mundial que decorre em França para se concluir que estamos perante um fenómeno imparável. Por cá, o Benfica vai estrear-se na I Divisão. Para quando o FC Porto?