OPINIÃO Liga de Portugal e da Europa
A opinião de Vasco Pinho, Diretor Executivo da Liga Portugal
A Liga Portugal e a European Leagues estão, mais do que nunca, alinhadas na defesa dos grandes desafios e dos principais objetivos nacionais e internacionais da indústria do Futebol, tendo como denominador comum a liderança agregadora de Pedro Proença. Uma pedra-chave na transformação do Futebol Profissional português, promete representar igualmente um ponto de viragem no posicionamento da European Leagues junto da UEFA e no seio dos principais stakeholders do Futebol do velho continente.
Não tenhamos dúvidas: a crescente força da European Leagues é sinónimo de crescente força de cada uma das ligas domésticas que a compõem e, como tal, sinónimo de crescente força do Futebol Profissional nacional. Mais: a prosperidade do atual modelo competitivo europeu, tal com o conhecemos, só pode assentar no vigor das provas nacionais.
As decisões da Assembleia Geral da Liga Portugal, na terça-feira, no Porto, e da Assembleia Geral da European Leagues, na sexta-feira, em Londres, são bem ilustrativas da capacidade de união, organização e autorregulação dos Clubes e das ligas europeias em torno dos interesses comuns.
No que à Assembleia Geral da Liga Portugal diz respeito, o Regulamento de Competições e o Regulamento Disciplinar foram melhorados em vários aspetos importantes, ao passo que a Assembleia Geral da European Leagues aprovou o novo modelo de governação, uma conquista-chave, e consolidou o empoderamento desta entidade como um dos principais stakeholders da atualidade.
No caso concreto da reunião magna da Liga Portugal, e para lá da intensificação regulamentar da luta contra o incumprimento salarial e contra a violência, deve realçar-se a forma como as Sociedades Desportivas, em defesa da integridade das competições, decidiram aprovar por unanimidade a manutenção do regime sancionatório aplicado a casos de corrupção, viciação de resultados, coação e apostas desportivas, apesar de o novo Regime Jurídico da Integridade do Desporto e de Combate aos Comportamentos Antidesportivos prever penas significativamente mais ligeiras.
Já a Assembleia Geral da European Leagues juntou FIFA, UEFA, ECA (European Club Association), FIFPRO (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol), FSE (Associação Europeia de Adeptos), UEC (Union of European Clubs) e WLA (World Leagues Association) num alinhamento estratégico essencial para o combate à Superliga e para a defesa intransigente dos valores do Futebol europeu.
Posições que exigem diálogo construtivo e trabalho conjunto entre os vários parceiros, os quais já perceberam que, juntos, são muito mais fortes para proteger os interesses coletivos e enfrentar os grandes desafios que têm pela frente, como vincou o Presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, ao agradecer o compromisso firme de Pedro Proença.