Já ouviu falar em Cristiano Ronaldo?
Pode até haver quem não saiba o que ele faz, mas conhece-lhe o nome e o rosto. É este o nível de fama de CR7
Será ínfima a percentagem de respostas negativas à pergunta que consta no título desta coluna. Arriscaria, até, dizer que 1 por cento de «nãos» já será muito... Em qualquer um dos quatro cantos do Mundo, poderá até haver quem não faça ideia de qual a profissão do rapaz, quem saiba o nome (e o diga; mesmo que saia um Ranalda, Rounaldou, Rônáldô, Ronalda ou Ronaldo, sabe dizê-lo!), conhecem-lhe o rosto, sabem que é famoso, mas não conseguem dizer, com certeza, se é músico, ator de cinema ou futebolista. É este o nível estratosférico da fama de CR7.
Acompanhei a Seleção Nacional, em reportagem para A BOLA, ao longo da qualificação para o Europeu. Estive em Brastislava (Eslováquia), em Zenica (Bósnia), no Liechtenstein e, agora, em Ljubljana (Eslovénia). E onde quer que se esteja é «Ronaldo, Ronaldo, Ronaldo». Nos táxis, nos aeroportos, nas ruas, no exterior dos hotéis onde fica instalada a comitiva portuguesa, pouco mais se ouve... «Ronaldo, Ronaldo, Ronaldo!» É a loucura, há quem espere horas por... nada. Por um vislumbre à distância da estrela lusitana, por um sorriso, um adeus, qualquer coisa. E não é difícil encontrar quem tenha viajado do Irão, ou de outros locais longínquos, para um dos palcos mencionados apenas para o ver. Um fenómeno mediático sem igual na história do futebol (arrisco afirmar, outra vez).
E não estou a referir-me, somente, a graúdos da sua geração. Não. Na sua maioria, são miúdos de 10, 12, 15, 17 anos, que ainda nem eram nascidos quando Cristiano chorou pela derrota na primeira final da história da Seleção Nacional, a do Euro-2004. Como recordou Roberto Martínez, também João Neves não era, então, nascido. E hoje estão juntos na Seleção, aquilo a que o selecionador chama de «encaixe geracional». Outros nomes vão surgindo, como Bernardo Silva ou Bruno Fernandes. Mas, como CR7, não há igual. Em todo o Mundo.