Grande Prémio de Miami acolhe segunda corrida 'sprint' da época
Max Verstappen é o único vencedor desta prova, mas nunca conseguiu 'pole position'. McLaren e Mercedes trazem pacotes de desenvolvimento do carro para esta prova. Escolha de pneus da Pirelli prevê estratégia com apenas uma paragem, com as equipas a alternar entre médios e duros
Pela segunda vez na temporada e pela segunda vez consecutiva, o próximo Grande Prémio de Fórmula 1 fica marcado pela corrida ‘sprint’, alterando significativamente um fim de semana tipíco desta disciplina. Depois do GP de China ter acolhido a primeira, a prova de Miami, disputada entre 3 e 5 de maio, volta a ter o mesmo formato.
Assim, as equipas voltam a ter apenas uma sessão de treinos livres para recolher o máximo de informação possível para no mesmo dia atacarem a qualificação para a corrida sprint. Este é o 3.º GP de Miami que se vai realizar, sendo Max Verstappen (Red Bull) o único piloto que aqui conseguiu vitória, mas onde curiosamente nunca conseguiu pole position. Em 2022, Charles Leclerc (2022) foi o detentor desse feito e em 2023, Sergio Pérez (Red Bull) foi o mais rápido.
Mercedes e McLaren trazem pacote de desenvolvimento dos carros
Apesar do domínio da Red Bull, as equipas rivais prometem atacar esta hegemonia com os primeiros pacotes de desenvolvimento dos carros. O chefe de equipa da Mercedes, Toto Wolff, avançou que para esta prova o W15 vai contar com as primeiras melhorias da época, maioritariamente focadas para ritmo de corrida, esperando que estas mudanças permitam ao construtor alemão ir além do 5.º lugar na prova – lugar em que George Russell terminou no GP de Bahrein.
GRANDE PRÉMIO DE MIAMI - CALENDÁRIO DAS SESSÕES NA HORA DE PORTUGAL CONTINENTAL
Sexta-feira, dia 3 de maio:
Sessão de treinos livres 1: 17.30 horas
Qualificação corrida ‘sprint’: 21.30 horas
Sábado, dia 4 de maio
Corrida Sprint: 17 horas
Qualificação corrida 21 horas
Domingo, dia 5 de maio
Corrida: 21 horas
Porém, a McLaren também planeou pacote de alterações no MCL38 a ser introduzido já esta sexta-feira. De acordo com o chefe de equipa, Andrea Stella, estão previstas melhorias em termos de performance, mas também na forma como o monolugar pode prolongar o tempo de vida dos pneus. De resto, mais nenhum construtor trouxe desenvolvimentos aos carros neste fim de semana, contudo, Ferrari e Haas contam ter melhoramentos para o Grande Prémio de Imola – de 17 a 19 de maio.
O neerlandês (110 pontos) chega ao estado da Flórida com 25 pontos de vantagem para o colega de equipa, Checo Pérez (85) no Mundial de pilotos e 34 sobre o monegasco da Scuderia (76). Situação também favorável à Red Bull no Mundial de construtores, que tem mais 44 do que a Ferrari, porém este é o primeiro GP da equipa após a oficialização da saída do engenheiro-projetista, Adrian Newey.
Estratégia com uma paragem
O Autódromo de Miami conta com 19 curvas maioritariamente de alta velocidade e com três zonas de deteção de DRS – abertura da asa traseira do carro que segue a menos de um segundo do que o precede -, permitindo aos carros ultrapassar os 340 km/h.
Porém, o segundo setor pode fazer toda a diferença, uma vez que as curvas mais lentas – da 11 à 17 – são as que podem permitir ganhar tempo substancial (ou perdê-lo) e planear uma ultrapassagem menos exigente na reta que inicia o setor três.
De acordo com a Pirelli – fabricante e fornecedora dos pneus dos monolugares -, a pista oferece pouca aderência aos pilotos, contudo, o repavimento a que foi sujeita, em 2023 provoca pouco desgaste aos pneus. Assim, foram escolhidos os compostos C2, C3 e C4 (duro, médio e macio), ou seja, a opção intermédia no lote possível à Pirelli.
Sem mudanças de maior verificadas, antevê-se que as equipas optem por uma estratégia com apenas uma paragem, alternando entre jogo de pneus duros e médios.