«Vendi Tonali e recebi ameaças de morte»
Revelação de Gerry Cardinale, proprietário do clube
Com a liderança já a longa distância, a luta pelo título parece ser uma utopia para o Milan, de Paulo Fonseca, na presente temporada e os adeptos têm-se manifestado contra a gestão do clube. Este domingo, Gerry Cardinale, proprietário dos rossoneri, deu algumas explicações num colóquio na universidade de Harvard.
«Quando comprámos o Milan, chamaram-me de louco, mas a nossa gestão é criteriosa. Muitos dos investidores colocam os títulos à frente de tudo o resto e isso leva a que se cometam erros, a gastos incomportáveis para comprar estrelas. Isso é o pior que podes fazer enquanto investidor. Ganhar a Serie A é, obviamente, o nosso objetivo, mas temos de ter algum equilíbrio. O Inter ganhou o Scudetto na época passada e entrou em bancarrota. É isso que querem? Percebo que os adeptos queiram ganhar o título todos os anos, mas a minha obrigação é colocar o Milan na luta pela Serie A e na Liga dos Campeões todos os anos», começou por dizer o dirigente, lembrando um episódio aquando da venda do médio Sandro Tonali para o Newcastle, em 2023.
«Não precisávamos do dinheiro urgentemente, mas foi uma excelente proposta. Recebemos 70 milhões de euros, mais 10 milhões em objetivos, a maior venda de sempre na Serie A. Graças a isso, contratámos seis jogadores e renovámos completamente a equipa. Foi uma oportunidade de negócio e aproveitámos. Nos dias seguintes fui ameaçado de morte, mas vender um jogador por 70 milhões é muito bom e temos de ter cuidado com a parte financeira», explicou Cardinale.