Portugal bate a Bósnia por 10 e tem uma mão no Mundial
Triunfo confortável em Guimarães por 29-19
Portugal está muito perto de marcar presença pela terceira vez consecutiva no Mundial. No primeiro jogo do play-off frente à Bósnia, os Heróis do Mar foram sempre superiores venceram por 10 golos de diferença (29-19).
No próximo domingo, a equipa orientada por Paulo Jorge Pereira vai a Tuzla defender essa vantagem, com vista a garantir o passaporte para a competição que se vai disputar em janeiro de 2025 na Croácia, Dinamarca e Noruega.
A base da vitória lusa foi construída na defesa, num dia em que as coisas ofensivas não funcionaram de forma tão perfeita como habitual. Destaque para a exibição de Manuel Gaspar, que fez 11 defesas e teve mais de 50 por cento de eficácia, sobretudo na segunda parte. Rui Silva e Pedro Portela, ambos com cinco golos foram os melhores marcadores lusos.
Com muitas falhas no ataque de ambas as equipas, a primeira parte não foi particularmente bem jogada. Sem impor um grande ritmo, ainda assim, foi Portugal quem liderou sempre o marcador.
A Seleção lusa defendeu bem, colocando muitas dificuldades ao ataque bósnio que várias vezes se deixou cair no jogo passivo, e foi a boa exibição defensiva que permitiu que Portugal fosse aumentando a vantagem no marcador, com vários golos em contra-ataque.
Isto porque no ataque organizado as coisas não correram particularmente bem às cores lusas. Faltou fluidez e rasgo ao jogo ofensivo dos Heróis do Mar, que ainda assim conseguiram chegar aos cinco golos de vantagem perto do intervalo, ainda que no descanso a diferença estivesse nos quatro (14-10).
Percebendo o momento da época e o facto que muitos jogadores chegarem a esta fase sobrecarregados fisicamente, Paulo Jorge Pereira fez jogar 15 dos 16 atletas da ficha de jogo na primeira parte. E o único que não tinha entrado, João Gomes, fê-lo logo no arranque dos segundos 30 minutos, no momento que marcou a estreia do lateral de 21 anos pela seleção principal.
Mas tirando essa novidade, o filme da primeira parte repetiu-se na segunda. Muitos ataques falhados de parte a parte, a defesa portuguesa melhor e recuperar inúmeras bolas para contra-ataques, que foram permitindo aumentar a vantagem no marcador.
Também porque na baliza Manuel Gaspar surgiu em ótimo plano, a igualar o nível que Buric exibia na defesa das redes bósnias. E perante este cenário, não fosse o desperdício ofensivo, incluindo em contra-ataques, a eliminatória podia ter ficado totalmente fechada em Guimarães.
Não significa que a vantagem lusa para a segunda mão que se vai disputar em Tuzla, no domingo, não seja confortável, mas podia ser bastante melhor. E isso é a exigência que esta equipa agora tem sobre os ombros, pelo crescimento que tem demonstrado nos últimos anos.
Mas o terceiro Mundial consecutivo está muito perto. Basta confirmar na Bósnia o que de bom se fez em Guimarães.