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Ovarense provoca primeira derrota na Dragão Arena
Azuis e brancos sofrem terceiro desaire da temporada no campeonato e, a cinco jornadas do fim da fase regular, terão menos probabilidades em retirar o Benfica, com uma derrota, do primeiro lugar antes do arranque do play-off.
«Sabemos que, para lutar e estar ao nível com possibilidades para poder ganhar a uma equipa como o FC Porto temos que aumentar os nossos níveis de intensidade. Foi isso que conseguimos fazer. E se levarmos o jogo até ao últimos minutos, como aconteceu, estamos sempre mais próximos de conseguir vencer».
«Os atletas estão de parabéns. Cumpriram excepcionalmente fazer o que havíamos preparado e principalmente acreditaram. Acreditaram que era possível vir ao Dragão e ganhar», declarou João Tiago Silva, ao Porto Canal, após a Ovarense ter batido o FC Porto por 75-77 em partida em atraso da 10.ª jornada da Liga Betclic, o que provocou o primeiro desaire dos azuis e brancos na Dragão Arena.
Sem que Phil Fayne (5 pts, 8 res, 3 ass) conseguisse igualar o marcador sobre o apito final para garantir o prolongamento, com apenas uma derrota no campeonato, ante o V. Guimarães (100-97, a.p.) nas últimas 13 rondas, os homens de Fernando Sá perderam pela terceira ocasião (31 pts), e complicaram o objetivo de poderem concluir a fase regular, faltam cinco jornadas, à frente do tricampeão Benfica (33 pts).
Conjunto que se mantém apenas com uma derrota, precisamente na visita à Dragão Arena (103-89) e que vão enfrentar, no sábado, nas meias-finais da Final Four da Taça de Portugal, em Matosinhos.
Já a Ovarense, com cinco triunfos nos últimos sete jogos, ascendeu ao 4.º lugar com os mesmos 28 pontos do que o Sporting, mas com a desvantagem de ter perdido ambas as partidas com os leões.
A partida foi algo sofrida tecnicamente, com ambas as equipas a não terem grande sucesso ao nível da finalização desde cedo, mas onde os forasteiros acabaram por garantir a vitória no último quarto em que Render Woods (3 res, 9 ass) chamou a si a finalização aproveitando as trocas defensivas para tirar vantagem tanto no ataque ao cesto como através do lançamento exterior ou a assistir os colegas. Note-se que o base americano registou 10 dos seus 12 pontos no derradeiro período, no qual a equipa marcou 19.
Depois de sucessivas alternâncias na liderança do marcador e de dez igualdades, a última ainda no 3.º quarto (56-56), a última ocasião em que os anfitriões estiveram na frente foi num afundanço de Phill Fayne (66-65) a 6.16m do apito final.
Depois, um cesto de Rodrigo Soeiro (5 pts) e um triplo de Delaney Blaylock (13 pts, 6 res), o único que marcou em sete tentativas, colocou definitivamente a Ovarense na frente (66-70) apesar de Devyn Marble (23 pts, 6 res) ainda ter reduzido a 69-70 antes de Woods marcar cinco pontos sem resposta (69-75).
«Acima de tudo acho que tivemos algumas falhas defensivas. Estamos há alguns jogos seguidos perto de 80 pontos e numa partida em que as nossas percentagens baixem vai ser difícil vencer», começou por explicar Fernando Sá. «Tivemos boas decisões, houve equilíbrio ofensivo e exploramos as vantagens que tínhamos, mas no aspecto defensivo falhámos muitas vezes o que havíamos planeado: ajudas demasiado profundas, trocas que não devíamos fazer e isso deu conforto e motivação ao adversário», salientou ainda o técnico que antes do intervalo (40-41) teve em Tanner Omlid (10) e Marble os jogadores que fizeram, respectivamente uma sequência de 8 e 10 pontos que não permitiu ao conjunto de Ovar ampliar a vantagem acima dos 5 pontos.
De destacar que quatro dos cinco elementos do cinco inicial da Ovarense terminaram com um mínimo de 11 pontos.
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