Medvedev pediu, mas Djokovic afasta hipótese de reforma
Djokovic no US Open
Foto: IMAGO

Medvedev pediu, mas Djokovic afasta hipótese de reforma

TÉNIS11.09.202309:03

Aos 36 anos, Novak Djokovic confessa que já pensou várias vezes na reforma. Mas como continua a ganhar, a ideia vai sendo adiada. O sérvio igualou esta noite, depois de vencer o US Open, o recorde de Grand Slam detido pela australiana Margaret Court (24) e fez um balanço a tudo o que alcançou.

«Os 24 títulos significam tudo para mim. Continuo a repetir-me, mas a verdade é que continuo a viver o meu sonho de infância. Competir ao mais alto nível num desporto que me tem dado tanto a mim e à minha família, estou-lhes grato por isso», disse, ele que é agora o campeão mais velho do torneio nova-iorquino.

Na vertente masculina, Djokovic tem agora uma vantagem de dois títulos do Grand Slam sobre o espanhol Rafael Nadal – que tem a carreira em suspenso - e quatro sobre o suíço Roger Federer, que já se reforçou.

«O meu sonho quando tinha sete ou oito anos era tornar-me o melhor jogador do mundo e ganhar Wimbledon. Depois comecei a ter novos sonhos e estabelecer novos objetivos, porque para os atletas os objetivos são muito importantes para se motivarem, mas nunca pensei que chegar aos 24 títulos do Grand Slam seria uma realidade. Nos últimos anos percebi que tinha algumas hipóteses lá chegar e pensei: porque não?», explicou.

E continuou: «Nunca pensei muito no número de semanas como número 1 ou no número recorde de títulos de Grand Slam até talvez há três anos. Foi quando percebi que não estava muito longe do número recorde de semanas no primeiro lugar e que tinha uma chance de alcançar o número recorde de títulos de Grand Slam se permanecesse saudável e continuasse a jogar bem. Comecei a acreditar que teria sucesso.» 

E então a reforma? Meio a brincar, Medvedev no final até lhe pediu… «O que é que ainda estás aqui a fazer?», como quem diz ‘deixa um pouco para os outros':

«Para o futuro, não tenho um objetivo numérico para o número de Grand Slam que quero vencer antes do final da minha carreira. É claro que, de vez em quando, me pergunto se ainda quero mais depois de tudo que conquistei. Mas dado o meu nível atual de jogo, o facto de ainda estar a ganhar os maiores torneios, não consigo imaginar deixar a modalidade se ainda estiver no topo», explicou. Talvez abandone daqui a 23 ou 24 anos, brincou.