Jota dispara após novo desaire com o Sporting: «Nunca senti isto noutro sítio»

Treinador muito crítico com a arbitragem, apesar de não ter concretizado as queixas: «É demasiado óbvio»

No espaço de menos de um mês, o Benfica perdeu duas vezes com o Sporting por uma diferença de 16 golos. Depois de isso ter acontecido na Supertaça conquistada pelos leões, repetiu-se neste domingo, na quarta jornada do campeonato.

E no final, Jota González, não poupou críticas à forma como sentiu que a sua equipa foi prejudicada quando ainda estava na luta pelo resultado.

22 setembro 2024, 17:38

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«Há muitos fatores que justificam esta derrota e é óbvio que perdemos de forma justa. Mas todos já sabemos como está montado o campeonato neste momento, foi muito evidente. Hoje, nem que tivéssemos essa possibilidade iríamos ganhar aqui. E não preciso de explicar nada porque foi demasiado óbvio. Quando estávamos no jogo, ficou muito claro o que aconteceu, e que foi o mesmo que tem acontecido ultimamente», começou por analisar em conferência de imprensa.

Desafiado a concretizar as queixas com que iniciou o discurso, o treinador do Benfica defendeu não ter de o fazer.

«Eu não tenho de fazer o trabalho de ninguém Os jornalistas devem ser objetivos e avaliar aquilo que aconteceu na 1.ª parte. Para mim foi muito evidente. E assim é impossível. Independentemente dos nossos erros, que foram muitos. Na 2.ª parte fizemos um jogo horroroso. Horroroso! Mas na 1.ª, todos vimos como funciona. E assim é impossível. Para ganhar, temos de fazer um jogo 300 vezes melhor do que eles. Mas eles são superiores a nós. Isso não está em causa. A vitória deles é inequívoca. Mas nunca me senti assim noutro sítio.  Não quero ter problemas. Cada um tem de ver o que aconteceu», acrescentou.

Reforçando várias vezes que a vitória do Sporting não pode ser colocada em causa, o treinador espanhol defendeu que a sua equipa tem de evoluir em termos mentais para responder quando está em desvantagem frente a um rival.

«Temos de trabalhar a mentalidade. Se estamos a perder por 10, temos de lutar para reduzir para oito e não desistir e perder por 16. Isso é algo que temos de trabalhar porque já nos aconteceu na Supertaça. Não estou contente por termos baixado os braços. Entrámos em desespero, como aconteceu na Supertaça», notou.

O treinador, porém, voltou a dizer que o resultado não traduz a real diferença entre as duas equipas, apesar de ser um resultado repetido.

«Eles são superiores, mas acho que não estamos tão longe assim. Quando nos vamos abaixo contra o Sporting, desconectamos. Temos de retificar isso. Se falhas sete metros, aos seis metros, de pivô, da ponta… é claro que a diferença vai para estes números. Isso não é uma desculpa. Agora, se esta diferença se pode repetir? Já não digo nada, mas acho que esta não é a diferença entre as duas equipas», finalizou.