Grande novidade nos convocados de Paulo Jorge Pereira para a Seleção

Portugal defronta Roménia e Israel no arranque da qualificação para o Europeu

A ausência de Gustavo Capdeville é a grande novidade da convocatória de Paulo Jorge Pereira para o arranque da qualificação para o Europeu de 2026, com jogos diante da Roménia (dia 7) e de Israel (dia 10).

O guarda-redes do Benfica é presença habitual nas escolhas do selecionador, mas desta vez a opção recaiu em Diogo Valério, guarda-redes do Marítimo, que regressa à Seleção após um ano e meio da última presença. O guardião de 25 anos, que conta com cinco internacionalizações, junta-se a Diogo Rêma (FC Porto) nas escolhas para a baliza.

«A convocatória está sempre aberta, há alguns atletas que têm uma elevada probabilidade de estar presentes, porque fazem parte daquele núcleo da Seleção. Mas depois há atletas que vão variando em função do estado de forma, de alguma estratégia que possa existir quando pensamos também nos rivais, no tipo de competição que vamos fazer», começou por dizer o selecionador, em declarações aos órgãos da federação.

«Eu tento ter um critério em relação aos guarda-redes, que passa convocar aqueles que estejam a jogar e, depois, temos sempre cinco opções. No caso do Gustavo Capdeville, ele teve pequeno problema há umas semanas, deixou-me na dúvida e limitou a convocatória. Teoricamente, poderia ter vindo, mas há sempre nuances que fazem com que os jogadores sejam convocados. O Diogo Valério, é chamado novamente porque está a fazer excelente campeonato nacional», elogia.  

O início da caminhada dos Heróis do Mar para a competição que vai decorrer na Suécia, Dinamarca e Noruega será feita com os dois jogos em solo luso, ambos em Santo Tirso, diante de duas equipas sobre as quais Portugal tem ligeiro favoritismo, conforme reconhece o selecionador.

«Temos de encarar as coisas muito seriamente, preparar bem os jogos porque, ‘toda a gente luta por lugar ao sol’. E esta frase foi a que enviei aos nossos atletas quando os convoquei. Nós sabemos que nada está adquirido, temos de continuar a lutar para manter o estatuto, que nos deixa melhor posicionado do que há uns anos. Mas isso não significa nada, porque de um dia para o outro, isso pode ser perdido. É preciso continuar a lutar e trabalhar seriamente para vencer estas seleções», receita.

De resto, Paulo Jorge Pereira admite que estes até são os jogos que lhe metem mais respeito.  

«Não tenho nenhum tipo de receio de jogar contra equipas fortes, contra as quais há uma alta probabilidade de perder. Por outro lado, tenho alguma apreensão quando vamos jogar contra equipas que, teoricamente, temos de vencer. Atualmente, há equipas da zona média alta da Europa, como é o caso da Roménia e de Israel, que são seleções que andam a lutar para voltar outra vez aos tempos áureos, especialmente a Roménia», antecipa o técnico.

Recorde-se que Portugal procura a quarta presença consecutiva em Europeus de andebol, que será a sexta grande competição seguida, às quais se junta ainda a presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.