Eles são quem mais ordena
Seleção Nacional ainda não perdeu neste Mundial e os portugueses estão em desta

Eles são quem mais ordena

ANDEBOL26.01.202510:10

Portugal joga esta tarde com o Chile pelo primeiro lugar do grupo o que lhe colocará a Alemanha como adversário nos quartos de final e já tem dois jogadores a brilhar no Mundial: Kiko Costa e Diogo Rêma

Kiko Costa e Diogo Rêma estão nas bocas do Mundial, um pelo que marca o outro pelo que defende e até já estão na lista para ganhar o prémio para os mais jovens.

«É um orgulho estar nomeado para o prémio, mas não vai valer de nada se não conseguirmos concretizar os nossos principais objetivos. O mais importante para mim é conseguir ganhar os quartos de final e depois sim que conseguimos alcançar o que queremos, esses prémios são sempre bem-vindos», defendeu o lateral de 19 anos.

Kiko Costa já marcou 27 golos e é, a par do irmão Martim, o melhor marcador da Seleção
Kiko Costa já marcou 27 golos e é, a par do irmão Martim, o melhor marcador da Seleção

A meta é firme e não mexe. «Neste momento é onde nós estamos e no que devemos estar focados. Devemos pensar no que se segue e não mais do que isso», reitera com a lição bem estudada. «Não é dar uma confiança extra. É saber que o trabalho está a ser bem feito, que estamos num bom caminho, estamos a fazer grandes jogos, mas temos de continuar. Não vale a pena fazer bons jogos de vez em quando. Temos de ser regulares, temos de fazer isso sempre, porque nós somos das melhores seleções do mundo, disso não tenho dúvidas, e temos de mostrar isso sempre. Temos o exemplo da Dinamarca, que é tricampeão do mundo, que não perde há 44 jogos e eles entram sempre para cada jogo com a mentalidade certa, não estão com o pé atrás, estão sempre com os dois à frente, sempre com o sorriso na cara a jogar. É isso que temos de aprender com eles», explicou o jogador do Sporting, filho do técnico leonino, Ricardo Costa.

Cândida Mota e Ricardo Costa a apoiar os filhos e a Seleção no jogo com a Noruega
Cândida Mota e Ricardo Costa a apoiar os filhos e a Seleção no jogo com a Noruega

Diogo Rêma, às voltas ainda com as muitas mensagens que recebeu, o guarda-redes de 20 anos acabou de saber que estava nomeado pela IHF para a equipa de promessas. «Estou muito feliz, mas é o culminar do trabalho que a equipa tem feito», partilha. «A noite foi calma, a descansar, igual às outras, e já a pensar no que será o próximo jogo, com o Chile, que agora é o mais importante para nós». E como é que depois de conseguir fazer história derrotando a Espanha e qualificando-se para os quartos de final, se consegue focar no Chile, que teoricamente é um adversário mais simples? «Temos a motivação de querer ficar em primeiro no main round, por isso, temos de encarar o jogo da mesma forma que encarámos os outros», explica sabendo que nesse caso Portugal defrontará a Alemanha e, de outra forma, a Dinamarca, a equipa mais temida por todos.

O guarda-redes Diogo Rêma, 20 anos, é filho do ex-guarda-redes Pedro Rêma
O guarda-redes Diogo Rêma, 20 anos, é filho do ex-guarda-redes Pedro Rêma

Não sei se somos os mais loucos, mas percebo que digam isso da minha posição, afinal temos à frente bolas que vão a mais de 100 kms/h!

«São considerados os favoritos, mas qualquer uma das duas... É muito forte e seria difícil com ambas, teríamos de estar no nosso melhor para ganhar», considera Rêma que já viu vídeos de todos os adversários. «Costumo analisar com alguma calma os remates dos últimos jogos. Os últimos 4, 5 jogos dos adversários e tirar referências, de algumas coisas que eles fazem sistematicamente e assim tentar melhorar o meu jogo, com o treinador de guarda-redes e o Capdeville [guarda-redes da Seleção]. Estou seguro que todos os guarda-redes do Mundial fazem isto», explica o portista. «Não sei se somos os mais loucos, mas percebo que digam isso da minha posição, afinal temos à frente bolas que vão a mais de 100 kms/h! Sim, podem chamar-nos um pouco loucos. Mas fora de campo não sou», reforça bem disposto, ele que é filho de um antigo guarda-redes, Pedro Rêma (FC Porto e Módicus).«Comecei a jogar porque o meu pai jogava e isso influenciou-me. Foi o primeiro desporto que experimentei e fiquei logo. Fui sempre guarda-redes não tinha jeito nenhum para jogar à frente. Era onde gostava de jogar», conta.

Kiko e Rêma são candidatos a prémio no Mundial
Kiko e Rêma são candidatos a prémio no Mundial

«Estar aqui é fantástico. Agora é só continuar a trabalhar para darmos passos maiores. Os quartos são um passo em frente e acredito que podemos dar mais. Mas só com o tempo e com o trabalho é que isso vai acontecer. Porque não há milagres», remata.