Benfica volta a bater o FC Porto e festeja o tricampeonato
Águias muito superiores aos dragões na final (3-0); terceiro título seguido para a Luz
O Benfica voltou a vencer o FC Porto, por 83-76, na Luz, depois de dois triunfos no Dragão Arena, e consagrou-se como tricampeão nacional de basquetebol, fechando a final do 'play-off' em 3-0.
Num encontro que prometeu intensidade desde o início, foram as águias que, à semelhança do jogo 2, se adiantaram no marcador. Os encarnados conseguiram uma vantagem de sete pontos nos primeiros instantes que, de resto, foi a maior que ambos os lados conseguiram na totalidade do encontro – o que demonstra o maior equilíbrio da partida, em contraste com os encontros anteriores. Apesar da desvantagem nos primeiros instantes, o FC Porto depressa se reorganizou e acabou por se superiorizar aos rivais de Lisboa, com Omlid a ser o principal fator de diferenciação dos azuis e brancos ao conseguir três triplos e mais de uma dezena de pontos. A formação do Norte sofreu ainda um dissabor nos primeiros dez minutos, com Kloof a sair lesionado com um ombro deslocado.
Os dragões entraram no segundo período em vantagem (20-25), fruto de um grande trabalho coletivo. O conjunto de Fernando Sá apresentou-se com uma grande organização defensiva, constantemente a frustrar as ofensivas do Benfica, que se ia revelando sem soluções no ataque, acabando por individualizar muito (Drechsel e Broussard, em particular, iam sendo os abonos das águias). Ainda assim, os encarnados ultrapassaram as dificuldades que o FC Porto lhes ia colocando e chegaram novamente à vantagem no marcador, fechando o segundo parcial com uma pontuação de 41-35.
O terceiro período trouxe mais intensidade para o Pavilhão Fidelidade, com o FC Porto decidido a levar a final para o jogo 4. Os dragões estiveram largos períodos por cima, conseguiram recuperar da desvantagem de seis pontos com que foram para o intervalo longo e, no final do período, já tinham ultrapassado novamente o Benfica (56-59). Para a recuperação azul e branca muito contribuiu a concretização de triplos: a dada altura, com vinte tentativas para cada lado, FC Porto havia encestado oito tentativas contra apenas três dos encarnados.
A partida podia ter sorrido para qualquer lado no derradeiro quarto. O período começou com um triplo para cada lado, antevendo uns 10 minutos finais de grande intensidade e qualidade. O Benfica adiantou-se a seis minutos do fim (66-65), mas os dragões, com novo triplo, voltavam a empurrar os encarnados para um quarto jogo. Dez minutos com muita alternância no resultado, sendo que o prolongamento até parecia ser um cenário provável. No entanto, o Benfica acabou por se superiorizar nos instantes finais e sorriu, levantando o troféu de campeão nacional pela terceira vez consecutiva.
Do lado do Benfica, Drechsel foi sempre o mais inconformado, com 23 pontos e experiência para dar e vender em vários momentos do jogo; já no FC Porto, Omlid foi um monstro, quase carregando a equipa às costas com 24 pontos, muitos deles resultado de triplos.
Nota ainda para um momento bonito no final do encontro: Fernando Rocha, árbitro do encontro, acabou a carreira e foi brindado com vários cumprimentos dos jogadores e equipas técnicas.