Alexandre, o Grande… pilar defensivo
Alexandre Cavalcanti será peça fundamental na Seleção de andebol no Europeu (Miguel Nunes/ASF)

Alexandre, o Grande… pilar defensivo

ANDEBOL01.01.202422:00

Ausências por lesão vão fazer aumentar o protagonismo de Cavalcanti; jogador do Nantes pronto para assumir responsabilidade

Olha-se para os jogadores convocados por Paulo Jorge Pereira para o Europeu e não há grande volta a dar: os defensores centrais escasseiam! Com a ausência de Iturriza por lesão e sem Alexis Borges, que abdicou da seleção, restam três jogadores: o experiente Daymaro Salina, Salvador Salvador que tem crescido muito no Sporting e Alexandre Cavalcanti, que de promessa em 2020 já se tornou referência nos gigantes franceses do Nantes.

Longe vão os tempos em que Cavalcanti era o “miúdo” que estava na retaguarda para o que fosse preciso. Aos 27 anos e com as lesões ultrapassadas, o lateral chega ao Europeu para se assumir como um dos mais importantes jogadores da seleção portuguesa. Porque certamente a liderança da defesa vai passar muito por ele. Porque a gestão física de Salina obriga a alguma gestão na utilização do jogador portista e Salvador Salvador é dos mais inexperientes em contexto de grandes competições de seleções.

Nada que perturbe o gigante de 2,03 metros, como o próprio admite em conversa com A BOLA. «Tenho noção que chego com outro estatuto a esta competição e que o que posso dar na defesa será um trabalho importante para a equipa. Qualquer vitória no andebol passa muito pela defesa e tenho noção da responsabilidade», declarou.

Alexandre Cavalcanti (Miguel Nunes/ASF)

Nos dois jogadores que defendem ao centro, também poderão passar Gilberto Duarte, ou Luís Frade, mas ambos serão sempre adaptações, mas Cavalcanti admite que esses detalhes estão a ser afinados para nada falhar na prova que arranca a 10 de janeiro na Alemanha. 

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«Faltam aqui alguns jogadores e precisamos ainda de algum treino. Temos trabalhado nesse sentido, porque uma defesa forte é meio caminho andado para se ganhar. Sabemos que somos uma equipa defensiva que não está habituada a jogar junta, mas há potencial e sinto que estamos no bom caminho. Só temos de continuar a treinar para corrigir alguns detalhes», assegura o atleta formado entre o Ginásio do Sul e o Benfica.

Já na hora de apostar até onde pode ir Portugal na edição de 2024 do Europeu, e apesar de estar a ter uma época bastante produtiva também no ataque do segundo classificado do campeonato francês, Cavalcanti joga… à defesa.

«É sempre difícil de prever. Temos um grupo difícil, mas também uma boa equipa. Queremos entrar bem para ir o mais longe possível. Temos de nos focar primeiro em passar a fase de grupos e só depois pensar até onde poderemos ir», aponta.

Portugal integra o grupo F, juntamente com a Dinamarca, campeã do Mundo, a Rep. Checa e a Grécia. A estreia dos Heróis do Mar está marcada para o dia 11, em Munique, frente ao conjunto helénico que se estreia numa fase final de Europeu.