Missão portuguesa aos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 já se treinou na capital francesa
Maior parte da comitiva portuguesa do atletismo já viajou para a capital francesa onde amanhã a cerimónia de abertura marca o arranque dos Jogos (Comité Paralímpico de Portugal)

Missão portuguesa aos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 já se treinou na capital francesa

JOGOS OLÍMPICOS26.08.202422:39

Portugal está instalado no mesmo edifício da Irlanda e de parte da comitiva brasileira. Atletas portugueses do boccia, atletismo, badminton e natação já foram conhecer os locais das provas

Mais de metade da Missão Portuguesa que estará em Paris para participar nos Jogos Paralímpicos já chegou à capital francesa, onde quarta-feira se realiza a cerimónia de abertura que dá oficialmente início ao evento. Não no rio Sena, mas sim um desfile dos Campos Elísios até à Praça da Concórdia.

A atiradora Margarida Lapa, a única atleta que não está na aldeia olímpica porque o tiro se disputará num dos maiores centros desportivos construídos para o efeito, em Chateauroux, e o nadador Diogo Cancela serão os porta-estandartes portugueses de um grupo de 27 atletas que não podiam estar mais desejosa de entrar em ação. «A Missão está motivada, vamos para competir, ninguém vai lá só para participar», garantiu o nadador Daniel Videira, que lidera a comissão de atletas desde 2023, lembrando que em Paris-2024 os 27 portugueses da comitiva «vão estar a competir com os melhores dos melhores».

Nadadores já se treinam na piscina olímpica

Garantir lugares nas finais foi sempre a regra do discurso, sem pressão e sem falar em medalhas, mas o chefe de missão, Luís Figueiredo, assumiu que pretende melhorar os resultados de Tóquio-2020 (dois bronzes). «Não vamos estar aqui a prometer finais, nem medalhas, os Jogos são uma competição diferente, têm uma carga emocional muito grande e competitividade acima da média. Não podemos traçar objetivos muito ambiciosos, pois estamos a criar pressão adicional nos atletas», defendeu o dirigente.

Até porque há um problema de base que está identificado e sem a resolução do mesmo pedir mais é muito complicado. «Cada vez temos menos atletas paralímpicos, precisamos urgentemente que as entidades, não só governamentais, mas também a própria sociedade, participem neste movimento e façam com que os seus familiares, que têm deficiências, pratiquem desporto e venham para o desporto paralímpico», apelou Luís Figueiredo.

Em Tóquio Norberto Mourão levou a bandeira

O chefe de missão mostrou-se bastante satisfeito com as instalações que encontraram e com a comida que tanta polémica causou nos Jogos Olímpicos. «Não há qualquer ruído, estamos muito bem instalados. Ficámos num edifício diferente dos olímpicos, com a Irlanda e um dos andares está ocupado por parte da comitiva brasileira, que tem também um edífico em frente, mas são muitos», contou Figueiredo que não encontrou qualquer problema na comida, tão criticada nos Jogos. «Não tem tantas opções como Tóquio, mas em termos de qualidade nada há a apontar», assegura. «Os atletas já foram treinar, seja a natação, o boccia, o atletismo e o badminton. Margarida chegou um pouco atrasada, mas está tudo bem.»