Mais uma vítima na Volta ao País Basco
Um dia depois de Roglic, Vingegaard e Evenepoel, e mais três corredores, terem abandonado devido a quedas graves, Mikel Landa engrossou a lista de acidentados na corrida espanhola... com clavícula e duas costelas fraturadas
Um dia depois da quarta etapa da Volta ao País Basco ter sido gravemente acidentada por queda coletiva que envolveu, entre uma cerca de uma dezena de corredores, três grandes figuras do pelotão mundial com confronto aprazado para a próximo Tour de França, Primoz Roglic, Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel, esta sexta-feira foi a vez de mais um consagrado ter sido vítima na competição espanhola, Mikel Landa.
O basco da Soudal Quick-Step, promovido a líder da equipa belga após a desistência de Evenepoel, envolveu-se numa queda a 94 quilómetros da meta da quinta etapa, com outros três corredores, o seu companheiro na Soudal, Gil Gelders, e Gonzalo Serrano e Pelayo Sanchez, ambos da Movistar, todos também desistentes, e teve de ser evacuado em maca e transportado ao hospital. A imagem remetia às do dia anterior, em particular à de Vingegaard, que saiu do local do incidente com assistência respiratória e colar cervical.
Algumas horas depois, a Quick-Step, numa primeira nota, informava sobre o estado clínico do espanhol, após exames na unidade hospitalar: fratura de clavícula. Todavia, depois emitiu uma atualização, acrescentando duas costelas partidas ao boletim clínico de Landa. Em dois dias, a Soudal Quick-Step perdia para as próximas semanas, no caso de Remco Evenepoel certamente por mais tempo, uma vez que além de uma clavícula, fraturou uma omoplata, os seus dois principais corredores para a Volta a França. Evenepoel como líder e Landa na função de tenente de montanha do jovem belga.
Ainda esta sexta-feira, soube-se que as lesões de Jonas Vingegaard são mais graves, após exames clínicos mais minuciosos. A equipa do dinamarquês, a Visma-Lease a Bike, emitiu um comunicado em que informava que o vencedor das duas últimas edições do Tour também sofria de «uma contusão pulmonar e de um pneumotórax», agravando o relatório médico que já incluía fraturas de clavícula e de várias costelas. A formação neerlandesa acrescentou, na mesma notam que o seu corredor «está em condição estável e teve uma boa noite de sono», e que «permanecerá hospitalizado nos próximos dias».
Refira-se que entre os acidentados na aparatosa queda na quinta-feira, Primoz Roglic, que liderava a prova e já tinha sofrido queda na véspera, foi o que sofreu lesões mais ligeiras, apenas escoriações e hematomas, e que os que a têm mais gravosas são Jay Vine (UAE Emirates), com fraturas vertebrais cervicais e duas fraturas vertebrais na zona torácica; Steff Cras (TotalEnergies), com pneumotórax no pulmão direito, várias costelas fraturadas e duas fraturas vertebrais dorsais e Sean Quinn (EF Education-EasyPost), com concussão e fratura do esterno.
A vitória na quinta etapa da Volta ao País Basco foi de Romain Grégoire, jovem francês, de 21 anos, da Groupama-FDJ, que se impôs, em sprint, num grupo de 34 corredores, após 175 quilómetros entre Vitória-Gasteiz e Amorebieta-Etxano. O dinamarquês Mattias Skjelmose (Lidl-Trek) manteve a camisola amarela de líder da geral, agora com apenas dois segundos de vantagem sobre Maximilian Schachmann (Bora-Hansgrohe), e quatro sobre o espanhol Juan Ayuso (UAE Emirates) está em terceiro. O português Nelson Oliveira (Movistar) foi 50.º na etapa, a 1.06 minutos do vencedor, e na geral desceu do nono ao 30.º lugar, agora a 1.24 minutos do primeiro.
No sábado, a sexta etapa com 137,8 quilómetros, com início e fim em Eibar, inclui sete contagens de montanha e deverá ser decisiva para a classificação geral.