Lopes e Gomes ainda em 'guerra' no COP. O primeiro diz que sobre as investigações à FPF «isso não é nada ainda»

JOGOS OLÍMPICOS26.03.202500:34

Ex-presidente do Comité Olímpico de Portugal, que sucedeu a José Manuel Constantino, não tratou da passagem do cargo para o sucessor e deixou isso com a Comissão Eleitoral. Diz que vai aguardar serenamente pelo que ainda virá.

O presidente cessante do Comité Olímpico de Portugal, Artur Lopes, não falou com Fernando Gomes após a sua eleição, indicando que a «passagem de pasta» foi feita pela Comissão Eleitoral liderada por Vasco Lynce, também ele um antigo líder do COP.

«Ainda não [falei com Fernando Gomes]», declarou o anterior presidente do organismo olímpico à chegada ao Centro Cultural de Belém, em Lisboa, onde decorreu a tomada de posse dos órgãos sociais do COP para o quadriénio 2025-2029.

Questionado sobre a «passagem de pasta», o homem que sucedeu a José Manuel Constantino aquando da sua morte, em agosto, limitou-se a responder: «A Comissão Eleitoral está cá para isso».

Antes das eleições, Artur Lopes disse ter dúvidas sobre se Fernando Gomes daria um bom presidente do COP, com o antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, semanas mais tarde, a recusar, depois, cumprimentá-lo no final da Gala de Patinagem, que decorreu em Paredes, onde também acusou o seu antecessor de falta de equidade e ética.

«Não posso responder, porque não sei [se o COP fica bem entregue]. Todos nós sabemos, ouvimos e lemos, eu manifestei o que pensava acerca dos candidatos. Não há candidatos ideais. […] O presidente do COP é um cargo que tem de ter uma série de qualidades, e uns têm mais e outros menos. Fernando Gomes foi eleito, a maioria reconheceu nele que seria o candidato ideal, agora veremos», declarou.

Já sobre as buscas hoje realizadas à FPF, que resultaram, até ao momento, na constituição de dois arguidos, um empresário e um ex-secretário geral da federação, Artur Lopes disse que «isso não é nada ainda».

«Aguardemos serenamente. Está eleito, está eleito. Espera-se que COP vá pelo melhor», concluiu.

Artur Lopes, vice-presidente do Comité Olímpico ao longo de 23 anos, foi eleito presidente do organismo a 6 de setembro, depois do falecimento do José Manuel Constantino um mês antes. Desde logo anunciou que não iria concorrer ao cargo e apenas ajudar a equipa que estava em funções.

A sua nomeação, apresentada pela comissão executiva do COP veio a ser confirmada por unanimidade através da votação de 26 federações olímpicas, assim como de 22 organizações.