Tudor entra a prazo na Juventus, mas quer mais: «Gostava de um contrato de 10 anos, mas...»
Apresentado sucessor de Thiago Motta no comando da equipa de Francisco Conceição, Renato Veiga e Alberto Costa; chamado para terminar época e orientar Mundial de Clubes, depois logo se vê...
O responsável técnico da Juventus, Cristiano Giuntoli, apresentou esta quinta-feira Igor Tudor como novo treinador da Juventus, sucedendo a Thiago Motta. O diretor confirmou que Tudor foi contratado para fechar a época e disputar o Mundial de Clubes, mas deixou a porta aberta para mais.
«Queria agradecer ao Thiago Motta e à sua equipa pelo grande trabalho dos últimos meses. Queria também clarificar a relação com o Thiago, que continuará a ser de grande estima. Tivemos algum tempo para refletir e decidimos fazer uma mudança e a nossa escolha recaiu imediatamente sobre o Igor, sobretudo pelas suas qualidades técnicas e pessoais. O Igor vai ficar connosco até ao final da época, incluindo o Campeonato do Mundo de Clubes. Depois vamos encontrar-nos e esperamos seguir em frente juntos. Acreditamos muito na equipa e estamos muito confiantes no futuro», referiu Giuntoli sobre o novo treinador de Francisco Conceição, Renato Veiga e Alberto Costa.
Tudor foi jogador da Juventus entre 1988 e 2007 - e treinou a Lazio na época passada -, por isso não hesita ao falar da cultura do clube. E foi questionado sobre quem são os líderes da equipa: «Houve um caminho de mudança com muitos jogadores novos e isso pode ter atrasado o crescimento desta equipa. Depois, quando se está na Juve, é preciso ganhar e crescer rapidamente. Este é um trabalho para todos. Sempre disse que a Juve é um clube que escolhe as pessoas certas. Esta é a força da Juve. Aqui conheci a cultura de trabalho de Del Piero, Zidane e Montero. Foi o que sempre tentei transmitir e é o que quero fazer agora também», disse, referindo ter escolhido Locatelli para capitão.
E o que é mais urgente resolver? «Há sempre muitas opiniões. Quase sempre não é preto nem branco, ainda que sejam essas as nossas cores. Eu considero-me um treinador. Comecei a treinar muito cedo devido a lesões. Já estou no estrangeiro há muitos anos. Posso ser um pouco exigente, mas faço as minhas escolhas com o coração. Venho, com contrato ou sem contrato, se achar que está certo continuo, se não estiver certo vou para casa. Vive-se o presente, ter um contrato de 10 anos muda pouco. Gostava de ter um contrato de 10 anos, mas continuo a fazer o meu trabalho. Sábado começa a competição, motivamo-nos, é a vida de um treinador. Não podemos controlar o futuro. Eu vivo o treino de hoje, tenho de falar com os jogadores, é a vida de um treinador.»