Kikas sem pressão e Teresinha tranquila

Kikas sem pressão e Teresinha tranquila

SURF29.09.202318:12

EDP Vissla Ericeira Pro, penúltima etapa do Challenger Series, arranca domingo

Frederico Morais assume estar «sem pressão» e Teresa Bonvalot diz-se «tranquila» no arranque do EDP Vissla Ericeira Pro, quinta e penúltima etapa do Challenger Series 2023 (CS), a decorrer em Ribeira d’Ilhas, Ericeira, entre o período de espera de 1 a 8 de outubro.

No 5.º lugar do ranking CS, Kikas enterra a pressão na areia, embora reconheça que ela «existe sempre», quando faltam apenas duas etapas para fechar os nomes que irão subir ao Championship Tour 2024).

«Desde novo que surfo aqui e sinto-me à vontade», disse na conferência de imprensa de apresentação da prova portuguesa que integra o circuito que garante 10 vagas masculinas e 5 femininas para o CT, etapa de elite da Liga Mundial de Surf (World Surf League). 

Frederico Morais entra na bateria 6, ronda 64, ao lado de Justin Becret (França) e Mikey McDonagh (Austrália) e espera um surfista vindo da ronda 80.

Teresinha, 11.ª da hierarquia, afasta igualmente a pressão. «Estou tranquila, tudo pode acontecer. No ano passado fiquei à porta e… não aconteceu», lamenta. «Mas vou fazer o que mais gosto, que é competir», garantiu a olímpica em Tóquio que na temporada passada falhou na última etapa a qualificação para o Circuito Mundial. Para já, só conhece uma adversária no heat 7, ronda 32: a francesa Vahine Fierro. 

Note-se que Ribeira d’Ilhas conta com oito surfistas portugueses. Em prova entram ainda os wildcards Henrique Pyrrait (Câmara de Mafra), Martim Nunes (Vissla), Joaquim Chaves (Joaquim Chaves Saúde), assim como Francisca Veselko (22.ª) Yolanda Hopkins (25.ª) e Carolina Mendes (29.ª).

«Lembro-me de em 2010 ver a Teresa Bonvalot tão novinha»

Presentes estarão os dois líderes dos rankings CS, Cole Houshmand, já apurado para o Circuito Mundial, e Sally Fitzgibbons, ex-CT. «O objetivo é terminar o Challenger no 1.º lugar. Fico sempre feliz de voltar a Portugal, é uma das minhas paragens preferidas do Tour. Digo sempre que quero viver aqui. Talvez um dia…», confessou o surfista norte-americano.

Depois de ter caído no cut do CT em Margaret River, a australiana Sally regressa às ondas portuguesas em posição privilegiada de se requalificar para o CT em 2024. «Lembro-me de em 2010 ver a Teresa Bonvalot tão novinha, com os pais. É muito bom voltar», disse, recordando a etapa do QS (Qualifyng Series), da qual saiu vencedora.

«O objetivo é aproveitar ao máximo a oportunidade», frisou Martim Nunes, de 19 anos. Praia Grande em estreia num Challenger, o surfista local, Henrique Pyrrait destacou ser «uma honra gigante representar a terrinha» e Joaquim Chaves recordou ainda «a confiança» adquirida após o 3.º lugar em Patim, Galiza, no Qualifying Series europeu. Mas, a opinião geral dos jovens surfistas portugueses é que a prova da Ericeira «tem tudo para correr bem». 

Por fim, Francisco Spínola, diretor geral da WSL para a Europa, África e Médio Oriente, realçou que a «Ericeira é, talvez, um dos melhores palcos de surf do mundo», e deixou um desejo: «Que seja um português a ganhar e que a Teresa e o Frederico consigam pontos valiosos para as contas do ranking