Natação Benfica campeão nacional 29 anos depois

«Só mesmo uma grande equipa podia ganhar a um adversário como o Sporting, que levava nove títulos seguidos. Realizamos um sonho antigo. Foi o grupo, como um todo, que fez a diferença. Tinha fome de vencer. Há tantos anos sem ganhar, queríamos tornar a conquistar este título», declarou o treinador do Benfica Ricardo Santos a A BOLA após, no último dia do 43.º Nacional de Clubes da I Divisão, no Jamor, as águias terem levantado a taça de campeão no sector masculino que lhes escapava há 29 anos. Sexta do emblema da Luz nos homens.

A última vez que tal acontecera fora em 1993/94, tornando-se na altura bicampeões. Desta feita dominaram os dois dias do evento e terminado com 710 pontos, mais 28 que o eneacampeão Sporting (682) e com 159 de vantagem sobre FC Porto (551).

No primeiro dia os encarnados chegaram a ameaçar igualmente o reinado dos leões nas mulheres - a luta pelo título em ambos os sexos restringiu-se às duas equipas desde cedo -, tendo então uma vantagem de 9 pts. Porém, ontem, as sportinguistas, logo de manhã nas provas longas, deram a volta à classificação antes da sessão da tarde, liderando por 12, para ao cair do dia se sagrarem bicampeãs com 683 pts, à frente de Benfica (674) e Fluvial Portuense (560) e ampliando o seu palmarés para oito títulos.  

«Não termos ido ao décimo título [seguido] nos masculinos achei normal. Já podia ter acontecido há mais tempo, como também podíamos ter vencido outros dois [2019/20, 2020/21] não fosse a pandemia. Mas não se pode ganhar sempre», afirmou o treinador dos leões Carlos Cruchinho. «Nos femininos, sabíamos que tínhamos mais hipóteses e jogámos bem. Foram competitivas e também foi justo. Neste caso a equipa teve mais possibilidades pois não houve muitos buracos para tapar. As nadadoras era mais firmas nas provas que iam disputar e isso foi uma vantagem no segundo dia. Mas foi preciso ter vontade e qualidade para ultrapassar a desvantagem de 9 pontos», analisou.