«Fernando Santos era meu companheiro todos os sábados, ficávamos a jogar à sueca. Fernando Santos fazia muita batota... Quando se deu aquilo, pronto. À primeira jornada tive de o despedir. Aprendi uma lição. Gerir.»
Luís Filipe Vieira em direto: «Não me vou candidatar em 2025, mas nunca direi nunca...»
«Ainda tenho pedalada para dar e vender.»
«Rui Costa fez bem em ir de férias porque não aguenta a pressão. Isto foi demasiado violento para ele. Dificilmente aguenta a pressão. Eu? Eu não tinha férias. O Rui não aguenta a pressão como eu, não tem a pedalada que eu tenho. Fez bem em ir descansar uns dias.»
Teria ido de férias com a casa a arder? Perguntou o jornalista.
A entrevista recomeça.
Pequena pausa na entrevista. Luís Filipe Vieira foi implacável nestes primeiros minutos, rasgando a gestão de Rui Costa, inclusive pedindo desculpa aos adeptos encarnados por o ter escolhido como seu sucessor.
«Depois da saída de Domingos Soares Oliveira e Miguel Moreira, porque o Rui o queria pôr fora do Benfica, porque tinham de falar com ele... Até eu fazia isso [falar com Miguel Moreira para pedir autorização], tem de haver regras e responsabilidade. Eu, que era presidente, chegava a janeiro e programávamos sempre o resultado para o final da época e o que era preciso fazer apra lá chegar. Coisa que agora não se faz. Com a saída do Domingos, antigamente havia um máximo de repsonsabilidade na gestão, tínhamos uma cultura de trabalho muito forte e exigente, para recuperarmos o Benfica trabalhámos muito. É lógico que essa cultura ficou cimentada no Benfica, mas agora não existe. Agora diz-se que não há meios nem tempo para o fazer.»
«Disse-lhe, Rui [Pedro Braz], se voltas a vender um jogador sem eu saber, atenção...»
«Quem é que ele trata por mano? O Rui Pedro Braz, por exemplo. Se eu estivesse no Benfica, o Rui Pedro Braz não tinha a liberdade que tem. Não andava de avião como anda, a fazer passeios pelos aeroportos como faz.»
«O Benfica é a maior instituição do país, não é uma creche»