Benfica Weigl destaca frontalidade de Roger Schmidt: «No futebol nem sempre é assim»
Em entrevista à ELEVEN, Julian Weigl explicou o momento exato em que soube que não iria continuar no Benfica.
«Foi um ponto que chegou nos treinos do último verão. Quando chegou Roger Schmidt tivemos uma conversa muito aberta e ele disse-me que sou um grande jogador, que gosta do meu estilo de futebol, mas que tem uma ideia diferente e que queria um novo jogador. Fiquei feliz por ter sido direto comigo porque nem sempre é assim no futebol. Dizem-te que és o melhor e depois tentam vender-te pelas costas», referiu o alemão, de 27 anos.
Weigl, que mantém, «até agora, uma relação aberta» com Roger Schmidt, também falou do impacto da chegada do compatriota ao Benfica: «Viu-se desde o primeiro dia - não apenas ele, mas toda a equipa técnica – que tem uma forma especial de treinar e de pensar o futebol que assenta bem nos jogadores. É importante para um treinador ver que tipo de jogo encaixa nos jogadores que tem. Depois teve reforços que também encaixaram bem. Viu-se nos treinos e também nas exibições que algo estava a crescer. Desejo-lhe o melhor porque foi sempre muito correto comigo. Falámos ao telefone e felicitou-me quando fui para o Monchengladbach. É algo que não acontece normalmente.»
Sobre o regresso à Bundesliga, num empréstimo que, entretanto, passou a transferência a título definitivo: «Fiquei satisfeito por encontrar uma solução no Monchengaldbach. Sei a história do clube, é um grande na Alemanha. Sinto-me bem no clube e na equipa. O Benfica está muito bem e sei que eles queriam encontrar uma solução. Em parte, o meu coração sentia que seria bom conquistar este título com o Benfica. Vi os jogos e seguia-os no Instagram, via a atmosfera da equipa e, claro, que ficas a pensar: seria bom estar lá, queria celebrar com eles. Mas estou feliz por eles e também por mim porque a transferência está concluída e é um novo passo para mim. Estou 100 por cento seguro de que foi uma boa solução para mim e estou certo que foi uma boa solução para os clubes também.»
Ficou, porém, um sabor agridoce na despedida da Luz: «Houve coisas que não gostei. Não conquistei títulos, era algo que esperava conseguir e o clube merecia. (…) Se também mereço ser campeão? Joguei três jogos no início da época, os que estiveram lá todo o ano merecem ser campeões. Não interessa muito, o mais importante é que o Benfica seja campeão. O clube e os adeptos merecem.»