Vizela, mercado, esquema tático: tudo o que disse Roger Schmidt
Roger Schmidt (Foto: Miguel Nunes/ASF)

Vizela, mercado, esquema tático: tudo o que disse Roger Schmidt

NACIONAL07.02.202414:19

Conferência de imprensa do técnico das águias no Benfica Campus, antes dos quartos-de-final para a Taça de Portugal frente ao Vizela

O Benfica disputa quinta-feira, às 20:45 horas, os quartos de final da Taça de Portugal frente ao Vizela. Roger Schmidt, treinador dos encarnados, fez a antevisão do jogo e abordou o que espera dos vizelenses, o investimento no inverno, a rotação de jogadores, Morato na lateral esquerda, e até o adiamento do jogo entre Sporting e Famalicão.

— O que pensa do Vizela, e o que espera para este jogo da taça?

— Restam oito equipas na competição, e quando jogamos contra outras equipas nos quartos de final, todas querem ganhar. A Taça é sempre especial. Se estás nesta fase, já demonstraste que tens qualidade e mentalidade. Levamo-los muito a sério, amanhã será um jogo difícil, nunca é fácil jogar lá, eles mostraram-no na última ronda, podem ganhar os seus jogos, especialmente em casa. O nosso objetivo é a meia-final, esperamos um jogo difícil.

— Disse que decidiu dar ao Kokçu algum descanso no último jogo. Está a considerar jogar com três no meio-campo ou pensa em meter Kokçu noutra posição?

— Penso sempre em qual é a melhor abordagem para cada encontro, especialmente nestas alturas, em que temos muitos jogos. Só temos três dias entre jogos. No último fim-de-semana demos ao João Mário e ao Kokçu algum descanso, também para dar a oportunidade a outros jogadores. É o que temos de fazer, não podemos jogar sempre com os mesmos nestes jogos. Amanhã é o mesmo, eles tiveram descanso e estão frescos. Quanto ao sistema, podemos mudá-lo, claro, mas o nosso tipo de futebol é melhor nesta formação. Mudámos numa altura por termos problemas com os laterais. Kokçu, João Mário, Aursnes são jogadores que podem jogar no meio ou nas alas, são jogadores flexíveis. Podem ser uma opção para jogar no meio-campo claro. Amanhã veremos como vamos fazer, mas estou contente por termos opções, e termos jogadores a voltar de lesões e jogadores novos a integrarem-se. Contente por termos a oportunidade de experimentar coisas para o próximo jogo.

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— Benfica fez o maior investimento de inverno de sempre neste mercado. Sente por isso mais pressão para ganhar títulos esta época?

— Pressão existe sempre, especialmente quando estamos num clube como o Benfica. Claro, temos quatro novos jogadores, cinco foram-se embora, e no verão anterior houve outros jogadores a sair, e no inverno passado também… faz parte. Perdemos jogadores que saem por muito dinheiro, faz parte da filosofia do clube, compensar o orçamento com vendas, mas temos de ter atenção e ter sempre bons jogadores. É crucial ter um plantel o mais forte possível. Jogadores como Enzo e Gonçalo Ramos saíram, vendemos muitos jogadores nos últimos tempos, mas depois o dinheiro é bem investido. Precisamos de equilíbrio, vender faz parte da filosofia, mas acho que fizemos as coisas de forma inteligente, porque as transferências também são para o futuro. Se virem o valor dos jogadores, individualmente, acho que todos vemos que há muito potencial para crescerem. É algo que temos de fazer, temos muitos jogadores jovens, e acho que para um clube de topo como o Benfica é ótimo. Os investimentos foram muito bons. Não tem nada a ver com pressão, é só profissionalismo.

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— Com o regresso de Bah e Aursnes mais à frente, observou-se um Benfica mais intenso. O Morato é para continuar e manter um certo equilíbrio na equipa, ou sente que o Carreras é um jogador que pode meter ainda mais intensidade e pressionar ainda mais a equipa?

— Sim, precisamos sempre de um bom balanço na equipa. Tentamos ser muito ativos com e sem bola, tivemos uma situação diferente este ano, com jogadores diferentes, e tivemos de ajustar um pouco o tipo de jogadores em certas posições. Os laterais são muito importantes no último terço para nós, e criámos muitas oportunidades de golo este ano e o ano passado com os laterais, porque os nossos extremos não são tão agressivos. Quando queremos pressionar alto, precisamos dos laterais a controlar o jogo por trás dos jogadores ofensivos. O perfil dos laterais tem de ser de jogadores ofensivos, mas bons a defender. Precisamos deles para os contra-ataques, a função dos laterais é muito complexa. Temos agora jogadores a fazer coisas diferentes nesta posição, Morato é uma grande surpresa para mim, está a sair-se muito bem naquela posição, embora tenha um perfil mais de central, tem-se saído bem e foi crucial para nós encontrar esta solução. Precisávamos do Aursnes na lateral direita, e o desenvolvimento do Morato foi rápido e muito importante. Aursnes é muito diferente de Bah, joga naquela posição mais como um médio, mas tem vantagens de ser muito bom com a bola, muito estratégico, conseguia relacionar se com o ataque. Bah é mais físico, mais direto, está bem e por isso dei-lhe minutos no domingo, e jogou bem. É um tipo de jogador diferente, mas, no final, todos os jogadores trazem algo para a equipa. Tem de se ir ajustando, mas estou contente por termos opções nestas posições para poder rodar jogadores nos jogos.

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— Rúben Amorim disse não estar preocupado com o adiamento do jogo, pois vai ter o jogar de qualquer forma. Como lidaria com a situação, passar para segundo com menos um jogo?

— Aceitaria, não há nada que pudesse fazer. Não faz sentido pensar nisso porque é o que é. Foi uma coincidência que o jogo tenha sido adiado, podia ter sido o nosso. A minha experiência como treinador é de não me focar muito em coisas que não podemos mudar. Se o nosso jogo não tivesse acontecido, não teríamos ficado felizes, mas teríamos aceitado. Agora é preciso encontrar uma nova data para esse jogo, num calendário muito cheio.

— Vai fazer alterações tendo em conta que há pouco tempo de recuperação entre os jogos?

— É algo que temos sempre de pensar e ajustar um pouco, a abordagem de cada jogo. É pouco tempo entre cada jogo, e é algo que nos vamos ter de habituar, porque a Liga Europa também é às quintas-feiras, e durante muito tempo esta época vamos ter de lidar com este tipo de calendário. Mas teremos de ser profissionais, e talvez tenhamos de ter cuidado com a carga em alguns jogadores, claro. Mas estamos habituados a isso, a ter muitos jogos.

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— O Vizela é último na Liga, vem de resultados muito negativos. Depois do que aconteceu em Leiria no Estoril, vai desconfiado para este jogo? É preciso cautela, não confiar demasiado?

— Criámos tantas oportunidades nesse jogo, não tem nada a ver com subestimar o adversário. Não me lembro de alguma vez ter subestimado qualquer equipa. O Benfica é muito sério na preparação, e é o que disse no início, não penso na Liga quando penso neste jogo, são os quartos de final da Taça. Todas as equipas investiram imenso para estar aqui presentes, e vão dar tudo nos 90 minutos e nós também. Estamos prontos para lutar pela meia-final, não esperamos um jogo fácil, estamos comprometidos em fazer um bom jogo.