«Vinícius? Deve ter mais respeito pelos adversários, entender alguns valores...»

Espanha «Vinícius? Deve ter mais respeito pelos adversários, entender alguns valores...»

INTERNACIONAL25.05.202315:43

Pepe Reina comentou o ‘caso Vinícius Júnior’, mostrando-se contra qualquer tipo de discriminação e defendendo que Espanha não é um país racista.

«Racismo há em Inglaterra, França, Itália… E temos de lutar contra ele de forma ativa e decidida. Excluí-los do futebol e aplicar-lhes sanções exemplares: fechar estádios, parar jogos. Isso parece-me perfeito, mas eu também penso que nem tudo é racismo. Espanha não é racista ou, pelo menos, não é mais racista que os outros países, ainda que existam atitudes racistas de alguns tolos», começou por dizer, em entrevista à Marca, abordando de seguida em específico da situação por que o internacional brasileiro passou no Mestalla:

«O mais importante é fazer parar qualquer comentário racista. Não acho que haja racismo em todos os estádios de Espanha, nem que todo um estádio seja racista. Existem os tolos difíceis de controlar. O que há a fazer é identificá-los e proibi-los de entrar em estádios. Esses quatro, oito ou mil que chamaram ‘mono’ a Vinícius devem ser condenados», prosseguiu, referindo já ter passado por situações semelhantes:

«Às vezes não se trata de racismo. Apenas se focam em específico num jogador, porque talvez tenha falado demais num momento. Já aconteceu a todos, eu incluído. Quanto menos provocares os adeptos, quanto menos provocares os adversários e quanto menos protestares com o árbitro, mais respeito vais ter de todos», apontou.

O guarda-redes de 40 anos do Villarreal já defrontou Vinícius Júnior.

«Disse-lhe para se dedicar mais a jogar, para se centrar nisso, em ser um enorme jogador, porque é rápido, desequilibra, define bem à frente da baliza… Está-se a tornar num dos melhores do mundo, mas penso que deve amadurecer no seu comportamento, ter mais respeito pelos adversários, entender alguns valores ou códigos do futebol que não estão escritos. Isso iria melhorar o seu comportamento. Não pode ser que cada jogo fora seja uma guerra para ele», completou.

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