Valdo rendido a Aursnes: «Faz uma coisa que é a mais difícil no futebol: jogar simples»

Antigo número 10 das águias olha para o arranque da Liga e para a ‘nova equipa’ de Schmidt elogiando o papel do médio norueguês

Nos seus tempos auréos, Valdo, antiga glória do Benfica na década de 80/90, caracterizava-se pela magia que fazia com a bola e com o pé direito. Na atualidade, aos 60 anos, o antigo criativo brasileiro confessa ser fã de outro médio no plantel encarnado, mas com características bem diferentes.

10 agosto 2024, 07:30

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«O grande reforço do Benfica já estava dentro da casa. O Aursnes voltou a jogar na sua posição, a de de ala esquerdo», aponta Valdo, que recorda o trajeto do norueguês das águias: «O Benfica aprendeu com a época passada, na qual desperdiçou o seu melhor ativo, fazendo o jogador andar por posições, que não favorecem o coletivo. Ele joga bem a lateral, mas não é ali que brilha. No meio-campo, o Benfica ganha um jogador, que tem um tremendo sentido de alerta quando a equipa perde a bola.»

E prossegue nos elogios ao nórdico contratado pelos encarnados em 2022/2023: «O Aursnes é inteligente, fisicamente é um monstro e faz uma coisa que é a mais difícil no futebol: jogar simples».

Em conversa com A BOLA, Valdo, antigo internacional brasileiro, aborda ainda a perda de João Neves, médio de 19 anos da formação do Seixal, que rumou, entretanto, ao PSG. O ex-criativo vaticina ao jogador — que foi titularíssimo na equipa principal do Benfica na época passada — um bom futuro no emblema parisiense, que o próprio Valdo também representou, de 1991 a 1995.

«O João vai crescer muito, mas vamos dar-lhe tempo. Ele vai enfrentar a concorrência do Fábian Ruiz, atual campeão pela Espanha, do menino Warren Zaire-Emery [18 anos], internacional francês, e do Vitinha, que foi, para mim, o melhor jogador do clube em 2023/2024, juntamente com o Mbappé. O João tem a seu favor um treinador [Luís Enrique] que, além de ser um dos melhores do mundo, não tem medo de apostar nos jovens e prioriza o bom futebol.»