V. Guimarães: António Miguel Cardoso acredita numa época «muito positiva»
Presidente dos conquistadores deixa mensagem em dia de aniversário do clube. Derrota com o FC Porto não belisca o percurso da equipa
No dia em que o Vitória de Guimarães celebra 102 anos de história, António Miguel Cardoso, presidente dos vimaranenses, abordou o momento do clube, bem como o futuro, no final da cerimónia do hastear da bandeira, no D. Afonso Henriques
«O aniversário do nosso clube é um dia importante. O clube está em crescimento, numa fase boa, numa fase de expansão. O que posso prometer é o que o clube vai continuar a crescer, vamos continuar a trabalhar para que o Vitória nunca nos deixe de orgulhar», começou por dizer o líder dos conquistadores.
António Miguel Cardoso realça que o clube atravessa «uma boa fase», apesar das dificuldades financeiras: «O Vitória tem 102 anos de história, sabemos que há momentos bons e outros maus, faz parte, é cíclico. Estamos numa boa fase apesar de virmos de uma fase complicada do ponto de vista financeiro e desportivo. Temos trabalhado para inverter a situação, do ponto desportivo as coisas têm corrido bem. Ontem tivemos uma derrota, mas continuo a acreditar que todas as derrotas são oportunidades. Por isso, já estamos todos a pensar no próximo treino de forma a que seja possível ganhar o próximo jogo. Nunca deitamos a toalha ao chão. Vamos começar a Liga Conferência em breve, no campeonato ainda temos muito para fazer e é evidente que crescendo do ponto de vista desportivo a questão financeira será sempre mais fácil.»
A derrota deste sábado, em casa, diante do FC Porto (0-3), não belisca o percurso da equipa de Rui Borges até ao momento, garante: «É evidente que todos nós ficamos tristes, a noite foi mal passada, tanto a minha como a dos associados do Vitória. Temos de ver as derrotas como oportunidades de ser melhores. Temos de olhar para trás e preparar-nos para voltar a ganhar o mais rapidamente possível, sabendo que nem sempre é possível. Estamos tristes, mas nada apaga o que tem sido feito. Temos um orgulho enorme do que tem sido construído este ano, acredito que esta época será muito positiva.»
Depois de um arranque a todo o gás, com bons resultados nas eliminatórias de acesso à Liga Conferência e no campeonato, o emblema vimaranense tem tudo para realizar uma boa temporada. «A mentalidade e cultura do Vitória tem vindo a crescer nos últimos anos, é um trabalho de base que não se faz de um dia para o outro. É importante termos estes jogos, a pressão de lutar pelo 2.º lugar. Os jogadores vão habituar-se a este tipo de palcos, a cultura e mentalidade serão cada vez mais fortes. Com essa cultura e mentalidade vamos estar sempre mais perto de ganhar. Por isso, acredito que será uma boa época desportiva», sublinhou.
Com o primeiro desafio da Liga Conferência ao virar da esquina, diante do Celje, o presidente dos conquistadores salienta a importância de uma boa prestação na prova europeia: «No Vitória, prioritário é sempre o próximo jogo, aliás o próximo treino. Temos um plantel, um staff e uma estrutura capazes e vamos tentar dar resposta em todas as provas. Vamos olhar para todas as competições com o máximo respeito. É importante que na Conference League as coisas corram bem. Sentimos que é possível, vamos lutar para que as coisas aconteçam e se o fizermos vamos estar sempre mais próximos de ganhar.»
Sobre uma eventual recandidatura às eleições de março de 2025, respondeu: «Claro que fico contente [com elogios dos associados], ajuda, todos temos brio e gostamos de ser reconhecidos, mas hoje é dia de Vitória, de festejar o nosso adversário, não é dia do António Miguel ser ou não candidato. Acho que a mentalidade e cultura deste clube têm de evoluir, nestes últimos três anos isso tem sido feito. Seja comigo ou com quem for, o trabalho tem der contínuo, da melhor forma possível. Este é um momento de nos unirmos, temos de sentir muito isso. Ainda ontem, depois de um jogo em que as coisas não nos correram bem, gostei de ver os sócios e adeptos a aplaudirem os jogadores na reta final do jogo. Isso é muito importante, é esse combustível que nos vai ajudar a chegar ao Casa Pia a acreditar no nosso trabalho, as pessoas percebem que os associados estão com eles. Para mim, esse foi o momento da noite.»