Tudo o que disse Roger Schmidt sobre o Inter-Benfica
O treinador alemão, esta segunda-feira, em conferência realizada em Milão, garantiu a ambição do Benfica para o jogo da 2.ª jornada da Liga dos Campeões
É o segundo jogo no Giuseppe Meazza num curto espaço de tempo. Que tipo de jogo está à espera?
- O Inter continua como acabou na época passada, em que foi finalista da Champions. Está no topo da liga [Serie A], não perdeu muitos jogadores chave e manteve o treinador. É um desafio jogar contra o Inter. No jogo em Milão empatámos 3-3, sabemos que não será fácil mas acreditamos em nós, já temos experiência internacional juntos e queremos mostrar o nosso futebol e lutar pelos três pontos.
Que mais teme do Inter?
- Não temos medo de ninguém. Respeitamos, sim, os adversários, mas não temos medo. O Inter consegue fazer um jogo completo, jogam de forma defensiva ou ofensiva, têm armas diferentes que podem sair do banco e temos de estar preparados para tudo. Temos de influenciar a história do jogo, entrar com a mentalidade certa e a abordagem tática correta. E tentar sempre jogar um futebol ofensivo.
Qual das duas equipas mais mudou de uma época para a outra?
- Nos mudámos alguns jogadores, o Inter perdeu Lukaku e Dzeko, mas trouxe Thuram, uma boa aquisição. Lautaro também está a jogar muito bem. Têm alas muito ofensivos, como Dumfries e Dimarco, conseguem sempre ter muitos jogadores atrás da bola e ao mesmo tempo criam muitas hipóteses de golo.
Não trouxe João Victor. Pode revelar o que se passou?
- Não quero comentar isso hoje.
Nesta época, Lautaro Martínez já soma 10 golos. Acha que ele é neste momento um dos melhores avançados do momento?
- É sempre difícil comparar avançados, mas o que ele mostrou no último jogo, com quatro golos em quatro remates, em 24 minutos… Mostrou que é muito inteligente, encontra sempre o melhor momento para finalizar, tem uma autoconfiança muito grande, é um dos avançados de topo da atualidade.
Este jogo é decisivo face à derrota na primeira jornada? O Benfica pode fazer a mesma Champions da época passada?
- A nossa Champions da época passada começou de maneira diferente: ganhámos em casa e desta vez perdemos. Não é fácil, são só seis jogos para fazer a diferença e ser uma das duas primeiras equipas do grupo não é fácil. Não será um jogo decisivo para decidir o grupo ou o ranking, mas teremos de estar totalmente focados nos 90 minutos. Vencer seria muito bom mas sair daqui com um ponto também. Mas ganhar o jogo é o nosso foco.
Há a hipótese de a equipa se apresentar sem um avançado fixo?
- Tudo é possível. Mas jogamos sempre com um avançado. Gonçalo Ramos jogou quase sempre na época passada, temos várias opções como Casper [Tengstedt], Arthur [Cabral] e Musa, que tem estado bem. Arthur Cabral chegou após a pré-época, tem de se adaptar ao nosso estilo de jogar, temos de lhe dar minutos o mais possível. Acreditamos nele, é um bom jogador e boa pessoa. Mas é importante que quem venha do banco possa dar o seu contributo do ponto de vista da energia fresca que traz como pelas alterações táticas que possa fazer.
Há um sentimento de vingança face à eliminação na época passada?
- Não. O Inter mereceu ir para as meias-finais, aceitámos o desfecho. Fora jogos duros, mas agora é uma nova batalha, nova época, nada tem a ver com o que se passou.