Tiago Djaló e a camisola 3 de Pepe: «Não será um problema»

NACIONAL12.09.202407:30

Central desvaloriza peso da herança, diz que aprendeu muito com o antigo capitão na seleção, mas que procurará ser mais um a «ajudar a equipa a ganhar títulos». Paragem foi importante para a sua integração

Tiago Djaló assume ser «uma grande responsabilidade» herdar a camisola n.º 3 de Pepe, por tudo o que o antigo capitão representava no FC Porto, mas garante que isso não terá qualquer peso na construção da sua própria identidade nos dragões. «Estou pronto para esse desafio, mesmo que saiba que com os media e com aquilo que as pessoas falam, pelo fato de ser o número 3, de um ex-jogador que fez uma boa carreira, possa, entre aspas, pesar», declarou o central, ao Porto Canal.

«Sei o que posso fazer, das minhas qualidades, por isso não acho que será um problema. Eu e o Pepe somos jogadores completamente diferentes, mas quero ajudar a equipa. Para mim, o número não interessa muito, estamos a falar desta situação porque era o número de um grande jogador, que respeito muito, que é uma referência. Inclusive já tivemos uma experiência boa na seleção e onde aprendi também muito com ele», junta.

O central chegou no fecho do mercado, cedido pela Juventus, numa operação que não inclui opção de compra. O objetivo é claro e o contexto à sua volta tem sido favorável: «Quero ajudar o FC Porto a conquistar muitos títulos, com muita energia, temos um grupo de qualidade, acaba por ser ainda mais… pode facilitar. Estou feliz, a cidade é top e estou a gostar dos primeiros dias.»

«Todos os clubes grandes querem ganhar títulos e o FC Porto tem que ter essa ambição, porque estar a jogar para perder não faz sentido e o meu objetivo é ser mais um a ajudar», reforça o defesa, de 24 anos, admitindo estar «ansioso» por ver «como corre a época.»

«Estou a adaptar-me bem à equipa, vim de uma fase que ajuda, faz com que esteja ainda mais dentro do grupo, porque o campeonato está parado», lembra Tiago Djaló, que diz estar a assimilar bem as ideias de Vítor Bruno: «A Liga portuguesa é diferente da Italiana e da francesa, onde joguei. Todos os treinadores têm uma forma diferente de jogar e, se o campeonato não estivesse parado, acredito que seria um pouco mais difícil, os treinos seriam dinâmicos, de três em três dias teríamos jogo e as coisas podiam não sair da melhor maneira, porque o tempo seria curto. Estou a tentar encaixar no grupo, a perceber aquilo que o treinador quer e felizmente estou a adaptar-me muito rápido, o que é muito importante.»

Tiago Djaló não vê a transição para uma Liga diferente como um obstáculo, apesar de ter saído para os sub-19 do Milan em 2018/2019. «A forma como as equipas jogam aqui e a experiência que eu tive no passado, nos juniores, juvenis, iniciados, pode ajudar também a perceber melhor aquilo que é o futebol português e para mim o mais importante é saber aquilo que o treinador quer e dar o meu melhor», resume.